"Rua do tamanho do Mundo"

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terça-feira, 24 de novembro de 2009

Jogo do «toque»

Sei bem que para as raparigas não diz nada. Mas para a rapaziada, diz muito, foi uma autêntica escola de como jogar bem futebol.

Era simples, fazia-se baliza nos portões de lados opostos da rua.
Só podias tocar uma vez na bola, ou seja, quando rematavas tinha que ser bem colocado para impedir que o adversário pudesse rematar de volta com perigo...

Jogar com um só toque é de facto uma virtude de qualquer jogador... Todos os trunfos eram possíveis. Havia os que usavam da força, com cada petardo... outros, bolas bem colocadas ao cantinho... outros apostavam na defesa... não arriscavam sair da baliza...

Um dia destes queria explicar ao meu filho como passava horas e horas a jogar ao «toque», fosse com o Miguel Calvo, o Fernando, ou com os putos da rua «2»...

Mas deparei-me com uma séria dificuldade: Como aparecer na rua a chutar contra o portão de um vizinho???

Hoje em dia é impensável... as mentalidades são outras... ninguém toleraria tal coisa.

Desisti... e lá foi o puto para casa meter-se fechado na playstation... no messenger...

São outros tempos... os nossos filhos jamais viverão o que nós vivemos!

Abraços!


JPF
«Joãozinho»

11 comentários:

Alberto Perry da Câmara disse...

Naquele tempo se houvesse Playstation os Jacós tratavam delas num instante...Ò abre!!!

Zé Paulo disse...

É verdade, as Playstations "atrofiam" os putos, mas quem é que lhas dá ??? Somos nós...

Zé Paulo disse...

Jogar ao toque...nem de propósito, há dias atrás fui à RCB e expliquei ao meu filho como e onde jogávamos...horas a fio...nesse dia senti uma nostalgia...

Alberto Perry da Câmara disse...

Às vezes lembro-me dos portões, o que tanto sofreram. Os Salazar Antunes nunca conseguiram ter um portão inteiro!! Os da Nova idem!! Para além das bolas eram os melhores baloiços da rua.
Um era baixo e comprido o outro alto e mais curto, frente a frente criavam o espaço ideal para o jogo de um toque. Havia na rua poucas situações destas!!
Até os portões mereciam uma homenagem pois levaram com tanta bolada em cima e mesmo assim resistiam...

JPF disse...

Grande Zé!

Não consegues organizar mais uma jantarada dos «putos» ?

RuiVasco disse...

Joãozinho,
A minha irmã Lígia em conversa com a Juca Perry,a Guida Malheiro e a Carmo Paixão, combinou com a Juca tentar ver agora(+5meses) para os Santos Populares se ali a taberna ao lado da padaria nos faria um serviço de catering em conta para fazer o fecho da rua(1) e ali fazer uma sardinhada ou outra coisa qualquer.
Esta notícia pelos vistos é em 1ªmão e só espero não aborrecer ninguém,senão ainda vão dizer que se estivesse no tempo da fidalguia eu teria jeito era para "moço de recados"...
Esperando novidades...Abraço

muguele disse...

Olá!

Perdoem-me a intromissão mas acabei de adicionar este blogue aos meus favoritos. Nunca vivi na Bafatá, é verdade mas, se for a pensar para trás, andei na escola com pessoal da Bafatá, namorei na Bafatá, joguei à bola com o pessoal da Bafatá, trabalhei com o pessoal da Bafatá e ainda hoje tenho amigos que, já não vivendo aí, são "putos da Bafatá".

Pelo nome não vão chegar a quem eu sou. Podem pesquisar mas não é assim tão importante. Vim só pedir licença para partilhar um pouco das vossas memórias (algumas também minhas).

Abraço
Muguele

Alberto Perry da Câmara disse...

Muguele,

Quem és tu? Dá-nos uma pista?

B

muguele disse...

Uma pista...

Ah! Esqueci-me de dizer que andei no "230" com pessoal da Bafatá e a ti, Becas, ainda cheguei a ser um dos "crescidos" que te massacravam os miolos. Já dá para chegar lá?

Alberto Perry da Câmara disse...

De que patrulha eras?

muguele disse...

Pronto, não vamos incomodar as pessoas com mais enigmas.

Segue um abraço para os meus amigos "Bafatianos" do

Miguel (para alguns)
Toni (para a maioria)

;)