"Rua do tamanho do Mundo"

"Rua do tamanho do Mundo"

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

não resisto ...




... a publicar de novo estas fotos ! A menina em cima à esquerda é a nossa ' field manager ' do encontro de 2008 ! O rapazinho em baixo à direita é o grande responsável por este blog que despertou o Bafatá Spirit !

Que posso dizer ? OBRIGADO João ... zinho e Manucha !

PS: Manucha, acho que aquele cãozinho era .. o 1º Strong do nº 10 !!

Janjan

quarta-feira, 29 de agosto de 2007

A minha vizinha

Vi agora o nome dos pais Taurino colocados pela Rosário e (re)lembrei que a D. Conceição Taurino faz anos na mesma altura que eu. Foi a primeira pessoa que conheci aqui na Rua. Por ser a "minha vizinha" foi-me logo apresentada pelo Sr. Mathez e logo simpatizei com ela. Não quero deixar de partilhar convosco um episódio que vivi com ela que certamente a define como muitos se devem lembrar, uma senhora "cheia de fibra".
Tinha eu mudado há pouquíssimo tempo quando ela me telefona a dizer que em minha casa saía água por todos os lados. Quando cheguei deparei-me com uma inundação que começava no sotão e chegava ao rés-do-chão molhando tudo pelo caminho. E eu completamente sozinha, marido fora, miúdos no colégio, pais na hidroginástica, sogros na quinta, enfim ninguém para me ajudar. A D. Conceição começou logo a carregar alguidares e baldes de casa dela. Eu estava preocupadíssima pois sabia que ela tinha sido operada há pouco e não queria que ela se esforçasse ou se molhasse. Nem sabia para onde me havia de virar, se para a água se para ela. Mas ela não desarmava de esfregona e balde em punho enquanto eu corria a pôr baldes e panelas por todos os lados. Chamei os bombeiros para ver se podiam sugar a água com alguma bomba, mas eles descartaram-se imediatamente. Eu resignei-me mas ela disse logo: "Então uns rapagões destes e não ajudam nada?" Eles lá se envergonharam e ajudaram a afastar uns móveis.
Mesmo mais tarde quando consegui convencê-la a sentar-se ela continuava com a esfregona a apanhar àgua. Parecia uma cena de filme, sentada no meio da cozinha de esfregona na mão rodeada de alguidares por todos os lado com cataratas a cair do tecto. Quando mais tarde lhe devolvi os alguidares é que vi a pilha que ela tinha trazido nem eu percebi quando ou como.
Por isso, D. Conceição, se nos está a ler, um muito obrigada para si que eu não esqueço aquele dia em que a senhora foi a minha única ajuda naquele mar de água. Apesar da sua debilidade física na altura, não me abandonou.
Um beijinho enorme
Cristina CN
PS. E já agora, eu sei que a D. Conceição gosta muito de escrever, será que a Rosário não a convence a partilhar algo aqui?

3º encontro ....

Bem, penso que seria altura de estudar a realização do 3º encontro ! Onde e quando ! E tendo em conta a importância de termos os actuais e antigos moradores da Bafatá. Que seja pensado de modo a permitir a TODAS as idades, um dia bem passado, onde se revivessem dias antigos sem dar às novas gerações um dia de seca ! Ou seja, que os nossos pais se revejam e sintam bem vivos, que se lembre com alegria quem infelizmente já partiu fisicamente, que os nossos filhos possam captar nestes dias de MSN um pouco do que foi a infância meio ' wild ' dos seus pais! E a tortura dos seus Avós ao educar meninos bem, feitos meninos de rua !
Por mim, alinho para fazer parte de uma ' task force ' ....!

Seria talvez também um assunto a pensar, transformar este blog num site com outro tipo de navegabilidade ! ( Jesus ... o modo como hoje falamos !! ).

Shall we go ?

Janjan

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Cartão RCB


Pois encontrei este meu cartão...importantissimo!!
Lembro-me de ter ficado orgulhosissima deste cartão na altura...
Beijos

Vídeos! Podemos meter vídeos já toparam?

Pessoal, já toparam que o Blogger já permite meter vídeos directos?
O Ícon ao lado do das fotografias?

E quem é que terá vídeos antigos? Dos Olivais?

Outra coisa. Muitos de vós já têm instalado o Google Earth!
Claro!

Eu já não vivo sem aquele instrumento. Seja para planear férias, seja para situar um acontecimento, seja para ir ver umas fotos de um sítio qualquer.

Mas, para quem não usou o Google Earth nos últimos... talvez nos últimos 3 meses, não sabe que o Google Earth permite a cada um de nós colocar fotos disponíveis para o mundo inteiro ver!

É verdade! fantástico não é?

Podem ver fotos das coisas mais incríveis, desde alguém que foi visitar o parque Natural de Komodo, na Indonésia, e fotografou vários dragões a comerem um cabrito... desde um sujeito que coloca uma foto de uma série de estradas sobrepostas ali para os lados de Telheiras e dá o título: «Vista da minha cozinha»...

Até o tipo dos Olivais, que agora vive na Charneca Da Caparica (Almada) mas que meteu lá uma foto da RCBafatá, uma foto tirada pela nossa amiga Cristina com a gigantesca Bouganvília do Fernando «Usted»... Pois é. Fui eu que lá meti essa foto!

PARA O MUNDO INTEIRO VER!

RCBafatá no Google Earth pró mundo inteiro!


«Joãozinho»

domingo, 26 de agosto de 2007

Isabel Chinita! Muitas e muitas memórias para partilhar

Ola!
Parabens a todos os participantes!
Provavelmente a maioria conhecemo-nos de vista, uns conviviamos mais que outros, embora não conheça alguns principalmente da rua 1, os apelidos referem imediatamente a que familia pertencem.
Faço parte dos miudos da RUA 3 (largo ao cimo, rua com menos casas).Deixo aqui um flash de memória da vivencia das crianças da rua 3, eles podem desenvolver.
Carlos, Silvia, David, Bernardo Mathew - Lurdes, Tozé, Nono, Rosario Taurino - João, Luis, Tozé, Rosario Navega - Teresa (Ja não está entre nós) , Rosário, Isabel, Miguel, Manucha Chinita.
A ideia que tenho é que a grande maioria da miudagem brincava com a vizinhança mais perto de sua casa e da mesma idade.

Portanto o meu Mundo Infantil eram sobretudo os miúdos mais próximos, as queridas amigas de infância e as nossas intermináveis brincadeiras... com a Rosário Navega ( R.3), Nini Caninhas (R.4), Ina (brasileira -4), Cristina e Susana Simões (moçambicanos-4), mais raramente era a presença da elegante e franca Margarida Pedro (R.4) companhia que na época todas tivemos menos nas nossas brincadeiras inexplicavelmente e imperdoavelmente...,
ou a tímida Isabel Santos (Rua 2 ou 1?), a meiga Guigui Martins Gomes, (R.4) as adoráveis Carmo e Mitó Paixão (R.4) ou as manas Sousa Dias (R.2)...

As meninas eram as minhas 'bonecas' preferidas e os meninos os meus 'peluches', manos das amigas, estavam sempre ali à mão para as brincadeiras, nesta tenra idade, os amiguinhos são perfeitos, perdoem-me mas torna-se difícil destacar todas as personalidades individualmente, porque existia entre todos nós aquela cumplicidade e harmonia infantil espontânea, desinteressada e incomparavelmente única que só as crianças conseguem no seu mundo perfeito de fantasia e inocência é a maior riqueza de se ter sido criança e adolescente com os meninos da Rua Cidade Bafatá!
Pontualmente cruzávamo-nos com os miúdos de todas as ruas para jogar ao 'Mata' ao 'Monopólio'-parcerias, conversar nos muros... lembro o delicioso caramelo que aprendi a fazer em casa da Mitó e Carmo Paixão rua 4, recordo de uma rima que deviamos ter aprendido na escola, ou coisa do género, que repetimos vezes sem conta para até hoje não esquecer com o João Pais, Janjan, rua 4;
O Rato Roi a Rolha da gaRRafa do Rei da Russia...,
Recordo um dia a Clara ou Zé Nogueira rua 2., um deles ao passar por mim comentou qualquer coisa que estava a fazer ou a jogar, resolvi mais tarde no seguimento do comentário, ir lá a casa mostrar-lhes, em vez de me aparecer a Clara ou o Zé aparece a porta da cozinha aberta e um lindo pastor Alemão salta de lá em defesa do seu território, assustada desato a fugir o cão arranha-me, nada de grave concerteza , apenas o susto, porque ainda me lembro da minha Mãe desinfectando o aranhão e dizendo: Quem te mandou ir la, vai brincar com os da tua idade...Não sei se acabaram por saber deste episodio mas lembro de ver o pastor alemão passeando com os donos insistentemente à volta de minha casa.
Porque também tinhamos uma cadela da mesma raça, treinada, chamada LOBA, que o meu Pai trazia das suas viagens no mar juntamente com inúmeros outros animais cabra, macaco, que faziam as nossas delícias...! e que a minha Mãe tratava rapidamente de despachar ja lhe chegava 5 filhos para aturar...
Jogavamos ao elástico, a corda e o jogo dos saquinhos...entre inúmeras actividades femininas, o Club Alamos...que penso já não existir.
Juntavamos de vez em quando as amigas da escola e os primos ,tocavamos as campainhas e fugíamos....lembro a minha prima Pilar espanhola discutindo aos palavrões em espanhol, com o Armando Nogueira, da janela do quarto da Ina (Brasileiros) Não sei porquê...Coisas de miúdos...
Recordo a geração masculina acima da minha, que naturalmente mantinha a distancia da miudagem, para mim os rapazes mais velhos da rua foram das minhas primeiras referencias:

Ze-Pedro Simões incrivelmente generoso e paciente levava os miúdos a dar uma voltinha na sua mota!(marca?),
Luis Teixeira e o seu rasgado cumprimento de cavalheiro,
Toze Taurino era uma referencia em casa, adorado pelas minhas irmãs mais velhas e amigas, sedutor, sempre pronto a compreender e apoiar todos, admiravel!
E
ntre tantos outros João e Luis Navega, João e Zé Nogueira, Carlos e David Mathew enorme simpatia com os mais novos , protectores, brincalhões, ternurentos , recordo-os como marcantes exemplos masculinos, como irmãos mais velhos!
A parte feminina, os exemplos normalmente vêm de cima para as crianças, portanto desejava fazer Já o que as mais velhas faziam, ser como elas, ter as sardinhas da Clara, os longos cabelos da São, ser bailarina como ela ou vestir as mini-saias da Isabel da Nova, bem como tantas outras do Bairro... afinal os sonhos ou fantasias de todas as meninas de 10-11 anos...
Mais tarde as amigas do liceu, dos outros bairros de moradias Vanda Sampaio de Melo, os primos Pilar, Rose, Susana e Quinquin e as juvenis magicas festas na garagem, organizadas por nós...!
Por vezes eu e o meu irmão Miguel juntávamos os amigos do bairro Ze e Pedro Teixeira as minhas amigas Guida e João Seixas e partíamos para a noite ,as festas na Veterinária, por trás de Alvalade, outras vezes com amigos fora do bairro, grupos enormes de teenagers, curtiamos os ambientes de todas as discotecas da moda, o 2001 entre outras..., muitos convites pras festas e inaugurações... e só parávamos, em grandes grupos, para os bolinhos acabados de fazer nas padarias de madrugada com os namorados...!
As ferias à boleia pró Algarve ...O Verão no Baleal...Tempos inesquecíveis...!!
Há que realçar as qualidades que é o que deve fazer o Mundo andar..!
Hoje depois de 15 anos a dar aulas e a coordenar centenas de crianças, comparando e olhando as crianças do nosso bairro, posso afirmar que eramos uma geração com garra, aprendiamos na pele e atingiamos os nossos objectivos lutando, nada nos era oferecido de bandeja...Alguns até com maiores dificuldades que outros...A vida não era nada fácil para alguns...
Eramos participantes activos da vida, mas existe maneira mais compensadora e enriquecedora de viver e aprender a vida...?
Divertimo-nos e deu-nos know how capacidades para enfrentarmos e resolvermos os problemas e qualquer trabalho pesado sem medo, com maior facilidade que as novas gerações...Isso pode servir como incentivo e encher a nossa geração de orgulho!
Muito novinha, fui viver para fora do país, Holanda e mais tarde Itália, portanto perdi o convívio, o desenrolar da historia do bairro, não posso ser testemunha depois desta altura juvenil, calculo que todos se tenham casado e que tenham os seus filhotes hoje com idades aproximadas das que tínhamos, no meu caso não tenho filhos, tenho muitos sobrinhos e afilhados e é a pensar neles que deixo aqui o meu pedido:
Refiro-me mais precisamente a geração acima da minha, a geração das minhas irmãs:
Taurinos, Navegas, Nogueiras, Quim, Zinha e Rosario Stone, Bruno e Vivi Martins Gomes ,e outros que nem saiba que conviveram com elas...
Aqueles que tiverem fotos e flashes de memoria da geração da Teresa (Tete) e Rosario (Baba) Chinita, enviem, pelos motivos óbvios, gostaria de passar às minhas sobrinhas algumas memórias juvenis da vivência da Mãe T'et'e Chinita (falecida) e tios na Rua Cidade Bafata...!
Se o meu pedido for aceite ou se quiserem enviar-me um email, agradeço:
Um beijo a todos!
Isabel Chinita - Rua 3 - moradia 43.
(desculpem falta acentos teclado Sueco..)

A tradição da RCB, e as fortes ligações ao SLB...

Da direita para a esquerda, meus dois filhos e um amigo:
Hugo (14) Mário (10) e amigo GonçaloEu e o Mário nos camarotes!


«Joãozinho»

sábado, 25 de agosto de 2007

a tradição está viva....



lembram-se Becas, Joca, Bi, Tó João, Quitos e Xoinas ? Cativo na Catedral ?

A "Balada dos C(apit)ÃES da areia".
















A "Balada dos C(apit)ÃES da areia".

Quem não acordou inúmeras vezes? Porque o cão do vizinho ladrava a noite inteira!!! Quem é capaz hoje em dia de entrar num quintal sem saber primeiro se tem um cão? Será que existem muitos Bafatenses com medo de cães? Quem na rua não levou a sua dentadinha na perna? Quantos "Jacós" foram corridos pelos cães? Quantos cigarros passearam? Quantos foram corridos à pedrada? Quantas festas tiveram? Quantos foram envenenados em defesa das casas? Quantos morreram atropelados? Quantos donos tiveram? Quantos sustos pregaram? Quantos namoros tiveram? Quantos...?
Já aqui foram relembrados muitos cães da Bafatá, mas em memória dos mesmos, aqui deixo as fotos dos meus cães, que tanto me acompanhara em inúmeros momentos.

O primeiro, talvez poucos se lembram era o "Snoopy", Salsicha, meigo e terno, infelizmente apareceu morto na Av. M.G. da Costa. O segundo o "George", Cocker Spaniel, traiçoeiro e que mordeu em algumas pessoas da rua!!!, também morreu atropelado na mesma Avenida. O terceiro o "Rufy" , Epagneul Breton, ensinei-o a fugir da Av. viveu até aos 16 anos, o que nos deixou grandes memórias e saudades, por ultimo o "Pifo", Retriver Lavrador, fiel ao seu dono que já não é Bafatense mas que volta e meia ainda vai visitar o nº13.
Outra das características do Bairro foram os cães que por ali passaram, efectivamente os quintais proporcionaram a muitas famílias a possibilidade de ter cães e para além do convívio das pessoas, também existiu, o relacionamento com os animais.
Relembro aqui, alguns cães fantásticos:
O "Brownie" do nº15, o "Dchef" do nº17, a "Chaina" do nº11, a "Maya" do nº9, o "Lord" nº13, a "Diana" do nº11, o "Tintim do nº5, o "Strong" do nº 8, o "Toy" do nº?, o "Lupo" e outros que já não me lembro dos nomes. Lembro-me ainda do cão do Miguel Calvo que era mau como as cobras!!! O cão pastor Alemão dos Stones e dos Altininos, que atacara uma das empregadas...e dos imensos "Lulus" da Estefânia...e mais havia...hoje sei que já há novos habitantes... os Calvos do nº19 têm um Retriver (que não sei o nome), o Manuel Brito do nº4 tem dois (que também não sei o nome), enfim eles por lá continuam!!! Que bom!!! Aproveitem bem os canteiros e os relvados dos quintais!!! Mas atenção cuidado com a Avenida.

Tenho guardado na minha memória e no coração:
O primeiro olhar brilhante que trocamos,
Cada sorriso feliz que sorrimos...
Cada lágrima de alegria...
Cada passeio a teu lado...
Cada palavra dita...
Cada raspanete em festa...
E cada conversa que tivemos...
Seria uma injustiça esqueçer-te...
Saber que me guardas...
Que dormes aos meus pés...
Que me cumprimentas...
Falharam-te as pernas, mas ficas-te nos meus braços...
Cada assobio, uma memória tua...
Correste até ao fim para ficares na minha vida...

Ao meu fiel amigo "Rudolfo"

O capitulo da "Balada dos Gatos" é com a Ligia!!!

A pedido do Becas


A pedido do Becas

Trata-se do primeiro dia de escola do tão famoso externado João XXI. Estamos com um ar muito contente, porque não sabíamos o que nos esperava. Sou eu, o Pedro Martins e o Toninho, envio estas fotografias para ver se eles respondem! Os Martins são tanto e no blog só aparecem 2!!!

Um abraço especial ao Toninho e ao Pedro

Becas Perry

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

and my parents ....

Elvira Emilia Pedrosa Ferreira Rebocho Pais ( Bi ).... 1 de Agosto de 1930
Manuel Gaspar Ribeiro Aguincha Rebocho Pais ... 10 de Agosto de 1931

Ainda vivos e a viverem perto de Santa Cruz !

Com eles aprendi a ser o Janjan que conhecem !
Aqui e perante tanta pessoa da minha vida quero dizer que com os meus pais aprendi o significado da palavra Amar! A mesma que tento hoje ensinar aos meus filhos Miguel e Francisco!

Janjan

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Pais...verdadeiros herois!

Pois com os meus pais ainda no dia 6 falavamos da situação de "fim do Mundo"..
1964, a minha mãe grávida do 5º filho (EU!) sem telefone e sem carro..imaginem a aflição.
Acho que foi umas dez vezes á clinica pois achava que ia ter o bébé, e mandavam -na sempre de volta para casa. Quando por fim no dia mais quente do ano segundo consta, nasci eu, que dos meus irmãos fui a unica que nasceu por terras bafatenses...
Os meus pais viveram no nº 15 desde 1964 a 1997 acho eu!
São eles:
Jorge Francisco Soares de Albergaria Salazar Antunes -6/04/1929
Jacqueline Maria Melina Alvarez Xavier Salazar Antunes-10/09/1937? (que horror, não sei a data)
mas no problem...
Beijos
Ines

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

A Rua 1

Cristina CN em férias com tempo para tratar das imagens diz...
Para ilustrar textos anteriores aqui vão algumas fotos (hoje só da Rua 1, em breve mando das outras)


Era este o poste do cesto de basket?




Esta é para ilustrar a descrição das janelas de JPerry (que hera tão bonita :)






Casas nº 1 e 3






Casas nº 5 e 7









Casas nº9 e 11





Casas nº13 e 15



Casas nº17 e 19












O cão da casa nº19 que me pregou um susto de morte quando me apareceu a ladrar, mas é muito simpático :)


segunda-feira, 20 de agosto de 2007

A Janela de minha casa...

Lancei um desafio....Abrir a memoria da nossa juventude, naquilo que tem de melhor na totalidade dos sentidos.Como diz a minha Mãe com muita graça"Bom e velho só o vinho do Porto", razão pela qual o ar espevitado e curioso de uma cria jovem é algo sempre encantador de se observar.
Na nossa casa havia duas janelas estratégicas, respectivamente na fachada frontal no canto superior esquerdo que correspondia ao quarto das meninas e na fachada de tardoz que correspondia ao canto superior esquerdo que era o nosso quarto...o meu e do meu irmão Pêpê(Pedro)
Aquela janela da frente era um posto de observação previligiado para a Gomes da Costa e para os portos de saida e chegada à Rua.As paragens da Carris nas carreiras 19, 34 e 50...
Nunca esquecerei as espreitadelas de madrugada para ver como estava a paragem e se os autocarros vinham cheios ou se estavam muito atrasados para irmos para as aulas.À tarde eram um indicador horário da vida do bairro, quase como uma torre sineira que se anuncia,, pois invariávelmente as pessoas chegavam em horarios de rotina que nos compassavam o dia.Quem não se lembra da Mãe Camacho a chegar sempre com um sorriso na face por mais cansativo que o dia tivesse sido, ou do passo apressado e sempre urgente da Mãe Pais, ou ainda de algumas Mães que invariávelmente e sempre à mesma hora iam esperar os filhos à paragem( o Toninho da D.Estefânia) com um ar preocupado de quem não tinha a certeza da chegada...
A janela de trás era diferente...Era a moldura da minha juventude de estudo e ao mesmo tempo a porta dos nossos sentidos.
Jamais esquecerei as rosas amarelas em flôr do meu quintal e a sua fantástica, embora perene, beleza que invariávelmente me acompanhavam nos estudos de Maio a preparar as frequências de Junho na Universidade, ou o incrível perfume da Dama da Noite nas noites mais quentes de verão em que o agradável do cheiro compensava o desconforto do calor que teimosamente se opunha a um sono tranquilo e descansado, ou o pôr-do-sol que invariávelmente observava com a nostalgia de quem não gosta de vêr partir um Amigo.
Como esquecer a chuva e o vento batido nas vidraças da janela em noites invernosas em que o "Serra de estrelas" e o "Oceano Pacífico" eram auxiliares de estudo preciosos contra o cansaço, prenuncio de uma condensação que deixava invariavelmente testemunho nas mesmas em cada manhã que se renovava...
Mas tambem para nós como muitos de vocês, aquelas janelas foram portas de entrada a desoras , com a cumplicidade de irmãos que interrompiam o seu sono com uma camaradagem que jamais se esquece por mais madrasta que a vida seja... ou meio de transmitir mensagens e noticias que jamais esquecerei.
Mas melhor que tudo,aquelas janelas eram a fantástica escotilha de um mundo seguro que para nós se tornou previsivel e que jamais esqueceremos.
J.Perry

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

we never did walk alone !

Olhando para trás para aquela infância de rua, da NOSSA rua, creio que o que mais me seduzia e encantava era a oferta de gentes e momentos! Fosse uma futebolada, uma tarde num muro, uma ida à praia, bicicletas ou carrinhos de esferas, excursões à piscina, noites nos Russos, namoros escondidos, cumplicidades e abraços, baldas ao estudo e solidariedade no pânico das más notas, idas ao ' 2 ', loucuras no Mini dos Salazares, aventuras de moto, fins de semana longe dos pais .... enfim, havia sempre um momento para se viver e alguém com quem o partilhar! Na Bafatá, como no Liverpool, we never did walk alone ! E isso .... isso valeu como o tesouro da nossa infância e adolescência! E tanto ganhámos, tanto guardámos, que ainda hoje sentimos aqueles dias! Como se tivessem sido ontem apenas ! E foi !

Janjan

sábado, 11 de agosto de 2007

Mais árvores de fruto

Lembro-me, na casa do Zézinho (família Santos) uma abrunheira... com uns frutos amarguíssimos, muitíssimo rijos... mas que dava algum gozo roer nos dias quentes de Verão.
O Zé tinha outras árvores na parte de trás do quintal, mas era impenetrável... tinha uma rede altíssima... não sei se não teria mesmo arame farpado... (acho que não)

Os Nogueira tinham um quintal vanguardista, com muita pedra ornamental, julgo que palmeiras e cactos variadíssimos, mas frutos... não me lembro.
Os Azevedo (Anthímio) acho que também, não tinham árvores de fruto, talvez na parte de trás do quintal.
Os Altinino tinham um cãozarrão impressionante, nem me lembro quantas vezes andei naquele quintal. Era um dos sítios mais perigosos da rua! Queria lá saber das árvores de fruto...

No Meu quintal, a famosa ginjeira, à frente. Dava muitos quilos de ginja, mas eram demasiado azedas... lembro-me que a minha mão fazia com elas um doce de ginja que era absolutamente delicioso...
Atrás tinhamos várias videiras, outra ginjeira, algumas pereiras, um limoeiro, uma laranjeira, um loureiro...

Creio que os Sousa Dias só tinham árvores ornamentais. nada de frutas. De original no seu quintal o facto de ser todo relvadinho... Não havia muitos quintais assim na rua... estávamos nos antos 70... Hoje é diferente!
Tinham uma árvore muito alta, lembro-me, onde às vezes ficavam as bolas presas... e era uma chatice para as recuperar!


Voltarei ao tema da Xinxada em breve...
(que raio, não me consigo lembrar... alguém tinha um pessegueiro que era uma perdição... daqueles pêssegos enormes, muito sumarentos, daqueles que salta o caroço... )


«Joãozinho»

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Convite

As janelas de nossas casas eram um ponto previligeado de observação do nosso mundo através da Rua.Gostava de convidar todos e cada um de vocês a descrever as vistas das mesmas.
Um abraço e boas ferias
JPerry

A fruta dos vizinhos

Este tempo de verão fez-me recordar um previlegio de quem vivia na Bafatá no mesmo, e quando a maior parte da população ia a banhos....
A ida à fruta....
Com efeito, quem não se recorda de meia duzia de arvores de fruto que eram "mondadas" pelos mais afoitos, na ausencia dos proprietarios de quintais que possuiam arvores de fruto.Recordo por exemplo os deliciosos pessegos do quintal traseiro dos Salazares Antunes, os abrolhos de minha casa, as uvas da latada da entrada de casa dos Esgalhados, os limões dos Calvos, tudo servia para enriquecer de vitamina aquela juventude.E esta era uma caracteristica de todas as ruas, em que alguns verdadeiros especialistas não hesitaram em acusar-se...
Quase pareciam uma figueira que não dava figos...
Bom Verão!
JPerry

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Oliveiras??!! Pinheiros...

Mesmo em frente à minha casa entre a garagem do Sr. Nogueira e a estação da CRGE há uma passagem que dá para uma zona com pinheiros. Sempre achei estranho que vocês lhe chamassem as oliveiras!! Fui verificar e lamento desiludir-vos... oliveira é só uma. Mesmo por trás da casa do Sr. Navega é a única. De resto meia dúzia de pinheiros e uma dezena de outras árvores é o que há.

Ainda lá está um grande pedregulho que serve muita vezes de banco a quem vai passear os cães.

Mas não deixa de ser um sítio agradável.

Quando li o texto do Janjan apeteceu-me estar lá sentada na pedra debaixo dos pinheiros ... Agosto em Lisboa com mais de metade da população fora dá destas nostalgias... ;)

Mas tem a vantagem de a 2ª circular estar vazia e fazermos do Pina Manique até casa em 10 minutos (mesmo respeitando os novos radares)

Aqui vão algumas fotos
Tentei tirar do mesmo ângulo da foto antiga que o Bi arranjou mas agora está lá o tunel e não consegui





A Av. Marechal Gomes da Costa vista da rotunda por cima do tunel. Vê-se o tejo mesmo ao fundo.

O "banco" por baixo dos pinheiros



A única Oliveira que existe no meio dos pinheiros




E boas férias a todos que eu também vou dar uma voltinha apesar de Agosto ser o meu mês favorito em Lisboa.
Não estarei "desligada" portanto lá continuarei a ler os vossos posts e a dar palpites :)

Aos que ficarem pela Rua, tomem conta de tudo, não quero surpresas desagradáveis quando voltar :D
Bjinhos
Cristina CN



quarta-feira, 8 de agosto de 2007

Obrigado!

Pois é!
Eu e o Kitos ou Quitos conforme vos convier mais...
Fazemos os dois no dia 6 de Agosto!
Eu sou muiiiiito mais nova do que ele está visto..
Obrigado meus amigos...beijos
Ines Salazar!

Rua Cidade

E eram os cheiros
Os lugares também
Como vestias
E me abraçavas
E todos os dias
Sabia amar-te

E assim escondida
Pudeste ensinar-me
Quiseste dar-me
A vida e um tesouro
A liberdade também
De aprender-me criança

Lembro o teu nome
Rua Cidade
Lugar de vidas
Tantas e tantos
Momentos e gentes
Que em ti nasceram


Redjan

and we made it ... !



Um dia, sem ninguém saber, nem os nossos pais nem o resto da Rua, fizémos um fim-de-semana segredo e arrancámos todos à aventura! Hoje já se pode contar! Éramos:

Milai, Janjan, Guida Camacho, João Perry, João Camacho, Ligia, Manel Calvo, Kitos,Guida Malheiro, Nuno Calvo e Tó João !

Chegados a NYC foi a loucura total. E os americanos ficaram banzados com os meninos loucos da Bafatá !

Redjan

segunda-feira, 6 de agosto de 2007

arrisco.. Parabéns Inês Salazar !

Ia jurar que a Inês e o Quitos faziam anos no mesmo dia. Por isso .... arrisco, PARABÉNS Inês Salazar!

Janjan

reencontros !

Fora uns dias e lá perco uma série de posts ! E que bom ler aqui o Tico, a Clara Nogueira e a Juca Perry ! Bem como as histórias da nossa/nova bafatense Cristina ! Não podia estar mais viva a nossa infância ! De todos tenho saudades .. a todos mando um beijo grande do Janjan !

6 de Agosto

Os meus parabêns ao Kitos, pelo dia de hoje!
Beijinho
Ines

sábado, 4 de agosto de 2007

NOVO MAPA GOOGLE

As miudas da Rua 4

Então e como eram as restantes ruas?Em tudo muito iguais à nossa...

Pais trabalhadores e muitos filhos para educar...

No inicio da Rua 4 viviam as Paixões.Nunca vi ninguem a que o nome se aplicasse tão bem como o sentimento que despertavam...A Mitó que era aquela que se dava mais connosco da Rua 1, e namorada intemporal do Jorge Paulo segundo creio.A Carmo, uma loura Linda com um fantastico jeito de mãos em particular para a costura.Uma irmã mais velha que era a Paula salvo erro e uma outra cujo nome não me recordo, mas que me lembro que era bailarina de ballet e tinha um namorado porreiro que tinha um Lancia HF...Era a unica casa só de raparigas da Rua inteira!

Na casa ao lado viviam os Malheiros, de que me lembro do José Augusto e da Guida, uma joia de rapariga, sempre muito controlada pelos Pais para quem era uma preocupação constante( a Mãe recordo como muito boa pessoa), companheira inseparavel da Ligia e namorada do Nuno Salazar.Logo a seguir viviam os Stones, que tinham duas raparigas qualquer uma mais velha do que nós ( cerca de 6 a 10 anos),mas ambas girissimas.Uma era a Rosarinho salvo erro e a outra tenho que confessar que já não me recordo.Eram vizinhas da Isabel Afonso, da geração do meu irmão mais velho (o Tó) e ainda estudei com ela na Catolica onde se licenciou.Casou com um diplomata e penso que vive em Bruxelas.Tinha um sorriso muito agradável com uns cabelos pretos muito bonitos.Mas por falar em sorriso, lembro-me bem da Ana Pais, a da moradia acima, super simpatica e muito bonita(ainda hoje me lembro que foi das primeiras raparigas a aparecer com o cabelo com o mesmo corte que uma filha do Coronel da novela Gabriela- tipo as pontas do cabelo em meia lua).
Confesso que a partir dai e para cima só me lembro vagamente da irmã do Tó João e por ultimo das Caninhas que eram duas raparigas louras de olhos claros muito bonitas e particularmente simpaticas.
Por forma a que se possa ir completando esta memória, tentarei amanhã descrever as raparigas da Rua 2 e 3.
Até amanhã...

Clara recorda os primeiros contactos com experiências fortes

ola Joãozinho!
Obrigado por teres respondido logo.
Era sardenta sim senhor!

Agradeço-te a simpatia " rechonchuda"..., gordinha se faz favor!
Os meus irmãos e alguns bafatenses chamavam-me clarabóia! passei a vida
nisto - rechonchuda - dieta - normal - doces - rechonchuda - dieta - normal
- etc. agora estou nos gelados ou sorvetes(cá no porto) estou portanto
"rechonchuda " para ti e gordíssima para mim.
Também eu tenho imenso carinho por ti, por ti e por todos os Fonsecas, a
minha 2ª casa em Bafata.
Lembro-me até do teu Pai, dos programas de rádio k ouviamos em tua casa, só
para o ouvirmos tocar.

Recordo-o com carinho também! Desculpa falar-te disto,
a morte do teu Pai foi o nosso ( dos putos bafatenses) 1º contacto com a
vida como ela é.

Foi o nosso 1º funeral, foi a nossa 1ª morte, foi um
crescer súbito e doloroso, mas foi também solidariedade, amizade,
companheirismo, nesses dias os bafatenses não vos deixaram sós,
revezavamo-nos em vossa casa ( coitada da tua mãe às tantas ela queria estar
sózinha, mas nós não davamos hipóteses)
Mas a vida é assim mesmo!
E a RCB teve esse mérito, os nossos primeiros contactos com quase tudo da
vida.
Nascimentos, mortes
Amores, desamores
Encontros, desencontros
Até teve guerra e paz....

Recordo-me de algumas histórias... um dia tentarei reproduzi-las.
Havia outro campo de futebol para os mais velhos e os do meio. Era na rua 4
(não se estragavam os portões), em frente aos Afonsos/Stones ía até às
Paixões. Nós, as raparigas faziamos as claques no quintal dos Altininos (que
por acaso são Gonçalves, mas como o Pai era Altinino e o zé também...).Sei
que ficava sempre alguém na rua 1 para apanhar bolas (eram muitas, o campo é
um "pouco" inclinado) e por causa dos carros (que na altura eram poucos e
além disso os nossos pais entravam no nosso reino com cuidado, já sabiam o
que a RCB gastava).

Como não percebo nada de computadores, tens de me explicar (muito bem
explicadinho) e autorizar a escrever directamente no blog, talvez o faça um
dia!


Clarabóia


Clara, espero que não te chateies por colocar no blog a tua conversa. Mas é isto que temos vindo a fazer. Partilhar memórias, sensações, vivências... E neste caso, que tem a ver com o meu pai, sinto-me perfeitamente á vontade para partilhar...


Aliás, aproveito este mesmo post para me situar nesse tempo. Eu não fui ao funeral. Tinha 5 anos. Terá sido opção da minha mãe. Porventura a opção mais correcta, não sei. O que sei é que houve tempos da minha infãncia em que toda gente chorava em casa... e eu queria continuar a brincar com o Pô, o Zézinho, o Tico...

«Joãozinho»

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

A Rua está LINDA

Casa nº2

Casa nº1
Casa nº39

Casa nº12
>
.
.
Desculpem, mas não resisto a ocupar um pouco de espaço do blog com umas fotos das bounganvílias. Digam lá se não estão um espectáculo???
Reparem no colosso da casa nº1, tem a altura de um prédio de 3 andares.
Espero não ter trocado o nº de nenhuma casa :P e peço desculpa a outras igualmente lindas que não fotografei por medo de ser novamente apanhada a fotografar as casas alheias e encontrar alguém menos amistoso que não achasse piada a isso :D

Para os mais velhos! Tipo John Camacho!

Lembram-se dos meus irmãos?Teresa
Zé Luís
António
Anibal
Américo



«Joãozinho»
Rua 2, nº 33

A CLARA NOGUEIRA ENCONTROU-NOS!

ola joaozinho, ola bafatenses, ola minha infancia, ola minha juventude, k
saudades k bom saber k o k sinto é partilhado por tantos k viveram na nossa
rua... a nini azevedo falou-me do blog fui lá espreitar adorei embora seja
mais velhota...
vivo no porto há 30 anos carágo mas a minha alma está também
em bafatá
Sou muito neca com computadores mas vou tentar manter-me em
contacto, mil beijinhos para ti para tuas irmãs sobretudo à Paula minha alma
gémea,

ah! pois sou a Clara, a Nogueira, a Claruxa

Tico vai começar a «postar».

Viva Tico, aguardamos ansiosamente!
Enviei-te convite. Abre o mail e segue cuidadosamente as instruções!
depois de lá estares, vais ver que é fácil.


«Já viste a ironia? Trabalho a 5 minutos da RCB e moro a + de 30 Km... As voltas da vida!

Apesar de não ser um grande “escritor”, o que é tenho que fazer para publicar no blog? Caso o meu amigo me permita tal…

Explica devagarinho pq sou um nabo no que respeita a blogs. Aliás, este é o primeiro em que participo…

Grande abraço,

Tico

Juca Perry faz-nos a ligação: O passado e o presente


Olá João

Vou descrever-te quais as casas que já foram vendidas, que eu saiba aqui na Rua 1 , se calhar aquela que mais casas viu trocar de dono:

Nº3, casa dos Camachos, vendida a um grande amigo nosso, o Manel Brito, que tem uma filha crescida, dois cães enormes, e que é um defensor acérrimo deste bairro e da freguesia, sempre a insurgir-se contra os drogados.

Nº5, casa da Estefânia, vendida a um casal que não sei o nome e que tem uma filha com perto de 14 anos.

N9, casa dos da Nova, vendida por eles a um casal que tinha dois filhos, o Rui e o João, com talvez 16 e 22 anos respectivamente. Este casal vendeu a casa em Janeiro deste ano a outro casal, que tem dois filhos, um rapaz de 13 ou 14 anos e uma rapariga de 17 anos. Só os conheço por nos cumprimentarmos no dia a dia.

Nº 15 – casa dos Salazares Antunes, vendida a mim em 1999, tenho 3 míudos : o Manel (14 anos), o Guilherme (9 anos) e a Margarida (nascida e criada aqui nos Olivais) com dois anos.

Nº2 – casa das Paixões, vendida há muitos anos a um oficial da Marinha, conhecido pelo Comandante. Tem 2 filhos adultos que já não habitam aqui.

Rua 2 -Nº21 – casa dos Altininos, vendida a um casal (que penso ser conhecido ou amigo da MªJoão Rico) há relativamente pouco tempo. Sei que o casal se separou e que na casa ficou a Sra. com crianças pequenas, mas não sei as idades.

Rua 2 – a tua casa…não sei se quem lá mora tem filhos ou se ainda é a mesma pessoa a quem vocês venderam. Eu acho a casa com um ar fantasmagórico, para te falar com sinceridade.

Soube agora da casa dos Suíços.

Aquela casa da rua 4 que estava abandonada durante muitos anos, teve que esperar uma resolução de partilhas porque havia herdeiros menores e depois foi comprada por um Engº que tem lá a empresa de construção a funcionar, tipo gabinete de projectos.

Rua 4 -A casa dos Pais, que penso ser habitada também por alguém que tem filhos.

Rua 4 -A última casa, que chamam dos Moçambicanos, é habitada por um casal que suponho que é um médico, e que penso que são padrinhos de uma neta do Prof. Taurino. Não sei se não são amigos da Rosário Taurino.

As diferenças na vivência e no barulho são enormes. Os novos miúdos já não andam na rua. Se querem andar de bicla, os pais carregam as bicicletas nos tejadilhos e vão para outros sítios da cidade…ou só andam nas férias…Não se convive como antigamente. Há famílias que têm muitos netos e que são frequentadores assíduos da rua, como é o caso da Família Martins. Temos muitos carros da condução permanentemente a entrar e a sair daqui, o que eu acho muito irritante…

Muitos dos casais fundadores também já perderam a sua “cara metade” o que torna o bairro também mais triste. De qq modo eu gosto muito de viver aqui, ao lado da sogra do meu marido. Foi muito bom para os meus pais eu ter regressado ao bairro, precisamente no ano em que o Bequinhas casou e resolveu ir para Paço de Arcos.

Os meus míudos adoram isto. Agradeço ao casal Salazar Antunes este regresso!

Tenho muitas histórias para contar, histórias recentes mas muito engraçadas. Gosto do bairro onde sou tratada por “menina” pela D.Júlia, vendedora de hortaliça no mercado municipal. Quem não se lembra da leiteira, que vinha trazer leite numa mota muito barulhenta, com um pequeno atrelado e com os filhos pequenos ao monte atrás no atrelado a segurarem as garrafas de leite (em vidro com tampa de folha de alumínio? Pois é …é a D.Júlia. Após o 25 de Abril, não havia leite, e a minha mãe não se esquece que a D.Júlia nunca deixou de trazer pelo menos duas garrafas de leite aos Perry’s. Tinha pena da minha mãe porque nós éramos muitos. Olha, esta é outra das “santas” que o JPerry falou. Fica aqui a minha homenagem à D.Júlia.

Beijinhos para todos os BFTenses

Juca Perry

Mando esta foto onde se vê Juca e Pedro Perry à frente e o recém chegado bloguista JPerry atrás.

Bjs

Juca

quinta-feira, 2 de agosto de 2007

Apanhada a fotografar

Para além de algumas árvores emblemáticas o que mais caracteriza os jardins da Rua são, sem dúvida, as bouganvílias. Acho que todos os jardins têm pelo menos uma, das mais variadas cores e diversos formatos: árvores enormes (como a da casa nº1 e a minha da garagem), a fazer muros, arcos por cima dos portões, entrelaçadas nas grades... Enfim se fossemos como as senhoras inglesas com os seus jardins, certamente faríamos concursos de bouganvílias (oh vizinha já viu a cor da minha? e o tamanho da minha?...) Eu, só à minha conta, tenho 4 de cores diferentes (desde o rosa claro ao carmin e ainda ando á procura de uma branca).
Ontem enquanto o meu marido tirava o carro da garagem, decidi ir fotografar as bouganvílias da rua. Quando estou a fotografar a Rua 4 vejo uma senhora no nº 14 a olhar-me desconfiadamente (claro ninguém gosta de ver uma intrusa a fotografar a sua casa). Resolvi dar uma explicação: "hãã ... estou só a fotografar as bouganvílias porque estão muito bonitas agora todas floridas..." Não resultou... agora além de desconfiada está a ficar com ar zangado. Segunda tentativa, com o meu melhor sorriso estampado: "Sabe, eu gosto muito de bouganvílias, também tenho várias e até uma muito grande, ali na minha casa..." Finalmente um sorriso "Ai vive aqui na Rua?" "Sim, no nº 39" "Ahh na casa dos Mathez" Pronto, quebrou-se o gelo e já sou convidada a entrar no jardim a ver outras flores. Entretanto chega o meu marido com os miúdos e lá os faço sair todos do carro para serem apresentados. Quando apresento o meu marido, surpresa: "ai não me diga que é filho da Manuela e do Vasco? Conhecemo-nos há muitos anos" E pronto, foi meia hora de conversa pegada pois afinal eram amigos dos meus sogros. Lá expliquei como sabia que eram os pais do Bi através do blog. Mas o mais engraçado foi no final, depois de termos estranhado nunca nos termos conhecido antes, a explicação do Sr. Abel: "Nós até pensávamos que vocês eram uma família esquisita, judeus ou qualquer coisa assim, e por isso é que não se davam com ninguém..." LOLOL O importante é alguém dar o primeiro passo e fiquei muito contente por as bouganvílias terem sido pretexto para conhecer mais uns vizinhos tão simpáticos. Parafraseando João Perry "o mundo é pequeno e a Rua é tãooo grande..."

Isto começou por ser assim... Parte II




Antigo cruzamento entre a Av. Marechal Gomes da Costa e Av. Cidade de Lourenço Marques. Reconhecem-se as casas dos Moçambicanos, Caninhas, Chinitas e Navegas.


O belo do Pão de Açucar... LOL



Construção do edifício da Companhia dos Diamantes, actual RTP.

Isto começou por ser assim...

Farmácia na Rua Cidade de Vila Cabral, que fica perto da Rua Cidade da Beira, Nampula e Av. Cidade de Lourenço Marques






Av. Infante D. Henrique


Inauguração da piscina dos Olivais.

Fantástico, certo???
Bi