Olhando para trás para aquela infância de rua, da NOSSA rua, creio que o que mais me seduzia e encantava era a oferta de gentes e momentos! Fosse uma futebolada, uma tarde num muro, uma ida à praia, bicicletas ou carrinhos de esferas, excursões à piscina, noites nos Russos, namoros escondidos, cumplicidades e abraços, baldas ao estudo e solidariedade no pânico das más notas, idas ao ' 2 ', loucuras no Mini dos Salazares, aventuras de moto, fins de semana longe dos pais .... enfim, havia sempre um momento para se viver e alguém com quem o partilhar! Na Bafatá, como no Liverpool, we never did walk alone ! E isso .... isso valeu como o tesouro da nossa infância e adolescência! E tanto ganhámos, tanto guardámos, que ainda hoje sentimos aqueles dias! Como se tivessem sido ontem apenas ! E foi !
Janjan
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
we never did walk alone !
à(s) 11:33
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7 comentários:
Janjas,
Nem mais...
Bi
Surpresa! Um blog com a "minha/nossa" rua!!! Adorei ler-vos e ver fotografias que vieram reavivar doces memórias. bom saber que há muitos mais a defender as "cores" do nosso bairro e da nossa rua (agora de todos, já que há alguns anos atrás, ca um tnha a sua)!!!
Embora não seja grande praticante de escrita "bloguista" acho que este vai ser um bom treino - caso me aceitem, uma vez que já passei dos 46...
Beijos e abraços bafatenses, Rosario Taurino
Rosário ... que bom rever-te e ler-te também. E fica, please, os 46 acho que foram precipitados, eram para ser 96!
Bjs
Janjan
Ahh um reforço para a Rua 3, que bom :)
Aos aNOS que nada sei do Toze Taurino, o mais velho e simpatico rapaz da rua 3...Que me perdoem os restantes.
Um abraço
JPerry
Olá João!
Eu sou a Clara Martins (3ª das sete meninas) e não me lembro de ti, mas conheço bastante bem os teus pais, porque eu e o meu marido (Henrique) pertencemos durante um ano a uma equipa de casais, de que os teus pais faziam parte e da qual guardo a melhor das recordações – um beijinho grande para eles.
Quanto ao blogue da Rua Cidade de Bafatá, confesso que me perdi nas horas a ler todos os testemunhos e comentários – as vossas partilhas/vivências da infância e adolescência emocionaram-me e senti-as um pouco minhas também, embora a nossa ausência (Angola e outras paragens) nos tenha afastado, sobretudo às mais velhas do clã. Enquanto estivemos fora a casa foi ocupada por uma irmã da minha mãe que tinha dois gémeos, o Tó e o Paulo e mais tarde por uma filha dos Delfino Viseu (o pai era professor no D.Dinis) a Hilda, casada com o Rogério (ela era professora de educação física).
Gostava de dizer à Guida Costa Malheiro, que fui colega e amiga da irmã mais velha, a Cristina – o que é feito dela? Cheguei a ir às festas na garagem onde apareciam os Moser (também fui colega da Marta Moser) e os Aviadores…
Recordo com especial carinho o pai dos da Nova, Luís Gonzaga, como lhe chamava a mãe Justina (era um bem disposto e tinha um geito para a bricolage! até me fez uma mesa redonda pequenina para a Sara) e o Sr. Camacho, visita assídua da nossa casa com quem conversávamos imenso, até sobre política.
Quando penso em Rua Cidade de Bafatá associo também o bairro – finalmente concretizámos o sonho de vir viver para os Olivais, que é um bairro único e apesar do Shopping pode-se dizer que ainda se faz aquela vida de bairro, onde as pessoas se cumprimentam, se frequenta o mesmo café, onde vivem os amigos dos nossos filhos…a propósito, tenho três, a Sara com 23, o João com 20 e o André com 18.
Termino por hoje, partilhando uma recordação: o circo estava acampado, a música fazia-se ouvir e convidava a dançar, escondida, nas traseiras do meu quintal. Quando termina, ouvem-se as palmas de alguém que estava em cima do telhado da garagem dos da Nova – quem era o “gozão”? o Jorge Salazar Antunes (não sei se tornei a olhar para a cara dele!)
Beijinhos para todos da Clara
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