"Rua do tamanho do Mundo"

"Rua do tamanho do Mundo"

terça-feira, 31 de julho de 2007

RCB hoje






Conforme prometido algumas fotos actuais da rua, tiradas hoje já ao entardecer por isso não estão do melhor mas dá para os que estão distantes matarem saudades.
Lamento não ter legendas muito completas mas todos conhecem isto melhor que eu :)
Rua 3 - do lado esquerdo, Taurino nº37, Neves nº39 (a da palmeira), a porta da garagem do Sr. Nogueira ao fundo, à direita a estação da CRGE está tapada com a ameixoeira vemelha do Sr. Navega nº41 e o nº43
Rua 2 - Creio que se veêm os nºs 21, 23 à esquerda e 33 à direita
Rua 1 (lado direito) - Nº 19... etc
Tirada do meu telhado - vê-se as traseiras do nº35 e a rua 4, lá ao fundo o início da rua 1 e mais ao fundo ainda (com um bocadinho de imaginação) vê-se um pedacinho de Tejo, vê-se mesmo a foto é que está má :P
não mando mais agora p não sobrecarregar
Cristina CN

e antes do pequeno almoço !

... estou em Salvador, são 8.10 aqui, 12,10 por aí ... E antes do pequeno almoço, uma lufada de ar da minha infância e... um leque de histórias mais para ler! E assim ganhei o dia por antecipação!

Janjan

Mais um jogo: Luta de bicicleta, proibido pé no chão!

Delimitada uma área que não podiamos ultrapassar.

No nosso caso, eu o Pô, o Tico e o Zézinho, jogávamos no largo da Rua 2.
Um risco de gis a delimitar a circunfer~encia e toca a jogar...

proibido subir os passeios e sair do largo. Valia tudo. Empurrar os adversários, meter-se à frente, dar com o nosso pneu da frente um solavanco no pneu de trás do adversário... tudo.
E quem metia o pé no chão, FORA!

No fim sobrava um! que era o campeão.

Eu tenho ideia que era bom nisto!
Mas nem sempre ganhava. Acho que o Tico, apesar de mais novo que nós um ano... safava-se bem!

Que belo jogo. Para te equilibrares, travavas, e com a bicicleta quase parada, davas uns encontrões aos outros...

Naquel tempo não havia estes novos desportos de aventura, destas bicicletas que dão saltos enormes e acrobacias incríveis...

Este jogo era demais.
Apetecia-me agora uma competiçãozita....
Vai uma ?


«Joãozinho»

Um guia para a Cristina!

segunda-feira, 30 de julho de 2007

Zé (zinho), Grande Zé!

O Zé enviou-me um mail, e, espero que não te chateies comigo por colocar no blogue, mas é uma prova de que há muito mais gente a olhar o blogue do que aqueles que o assinam...


Tem sido um gosto rever/relembrar as cenas que vivemos na nossa rua...
Sou daqueles que vem ao blog regularmente, mas não sou de grandes escritas, passo mais o tempo a ler os posts e comentários dos outros bafatenses/bafatistas.
Um abração à malta
Zé(zinho)

Bem vindo JPerry

Em poucos dias escreveu-se tanto. Bestial.

Quero desejar as boas vindas ao preclaro João Perry, por quem nutro especial admiração, e a quem agradeço o simpático perfil da minha família.

Como estamos em maré de de elogios, e não sou mãos largas nos mesmos, devo confessar que o JPerry apesar de aparecer pouco na RCB a partir de certa altura, por causa do Colégio Militar, marcou-me em alguns aspectos.

Recordo-me perfeitamente das suas discussões políticas. Já nessa altura era uma pessoa de fortes convicções, mas sempre cheio de diplomacia e simpatia. Nunca se zangava com ninguém, era um pacificador.

Por causa do JPerry fiquei simpatizante de determinado partido político, o que posteriormente me permitiu ser membro da Direcção Nacional da Juventude desse partido, da Associação Académica da Faculdade onde estudei e membro do Conselho Directivo dessa mesma faculdade, eleito pelos outros alunos. Foi uma excelente experiência de vida.

Afinal, há certas escolhas pessoais que nasceram com o contacto entre todos, ou alguns, na RCB. E não estou a falar nas libações nos Russos, ehehehe.

Bem vindo João.

Kitos

Oa Capitães da Areia (parte II)

Pois é, também naquela Rua havia uma cultura invejável...quantos de nós não se recordam dos livros que se trocavam e comentavam entre todos...quantas aventuras e autores descobertos em conjunto, temas e paixões sobre tropas especiais, os cinco, Sven Hassel e tantos outros...ou as musicas e os seus autores, Deep Purple, Genesis, Black Sabbat e tantos outros ouvidos até à exaustão pelo Nuno Salazar no gira discos lá de casa que se ouvia na nossa ao vivo ou o Rock em Stock ouvido em casa dos Esgalhados....E depois a aprendizagem politico-social?E esta hem?(vai ficar para mais tarde...)


Na nossa casa somos quatro, respectivamente o Tó ( o "brilhante" lá de casa, excepcional aluno, primogenito sentido, muito Amigo do Jorge Esgalhado,Ana Teresa Salazar Antunes, Paula da Nova e de tantos outros), eu(nunca se deve ser advogado em causa propria), o Pedro ou Pêpê( o mais bem comportado lá de casa, e sentido por todos nas suas "boas acções", nomeadamente pelo Maseratti do Pai Salazar Antunes ou pelo vidro traseiro do Opel do Pai Esgalhado, um poço de generosidade e disponibilidade para os outros,fantastico mecânico-com curso tirado na garagem do Armindo no quintal da D.Estefania- e faz tudo à disposição de todas as mães da Rua, com uma imaginação prodiga em soluções tecnicas ajudadas por umas mãos de ouro como nunca se viram noutro, inicialmente parelha ou ajudante do Nuno Salazar a quem como confessado pela propria conquistou a irmã mais nova) e o Becas( o mais louro e mais Bafatense de todos os irmãos, até porque não foi privado da mesma pela vivencia do Colegio Interno que os irmãos frequentaram e um Amigo interminável de tudo e de todos, que poderão dar testemunho mais insuspeito que o meu).Nos Salazares Antunes havia o Jorge Paulo ( exemplo da fleuma e postura britânica do Pai -quer nos gestos, quer na semelhança desde fumar até conduzir que apenas perdia a jogar à bola onde era eximio jogador a emparelhar com o Tó João ou com o Francisco)e o Nuno(o maior -no sentido literal- terrorista-no sentido explosivo- da nossa Rua, cuja descrição das suas aventuras dariam para escrever uma obra em vários tomos a todos os titulos notável com vários capitulos só para a vida passional que extravasou fronteiras, sobretudo porque pasme-se, e ao contrario do que muitos à època podiam pensar sobreviveu, pela simples razão de ser essa a sua natureza ).Teremos essa oportunidade seguramente...

Depois vinha o Rui da Elsa, o unico rapaz de uma casa de mulheres de enormes personalidades, que foi só, repito, só o rapaz da minha geração que andava melhor à pera....vi-o dar um enxerto no Zé Paulo Baltazar numa festa à porta da casa de Tomar que ainda hoje me lembro...Batia frio como a chuva, não aquecia e ainda fazia um sorriso maroto...

Restam os Calvos, o Manel, aquele sorriso franco e aberto que todos aprendemos a gostar pela amizade paternal que sempre nos transmitia, talvez o militante vivo mais antigo do PSD, que era o primeiro a transmitir todas as noticias do que se passava no nosso bairro,tal e qual como se pertencesse ao SIS, sempre entre cigarros que fumava uns atrás dos outros na melhor tradição da sua casa, uma daquelas casas Alentejanas onde dava gosto ser recebido, com conversas intermináveis pela noite dentro.Depois havia o Nuno, sempre bem disposto, o olho masculino mais bonito lá da Rua e grande confidente duma ala significativa de meninas da Rua (as Paixões e a Guida Camacho) e com quem passei em casa do Antonio Correa de Aguiar uma das semanas de ferias mais divertidas da minha vida.Está, como esteve, sempre connosco...Por ultimo o Miguel, aquele sorriso alto e franco, nervoso e preocupado, grande futebolista sempre disponivel para rir com todos.

Como podem lêr não faltava matéria prima naquela Rua onde como cantava o poeta, pareciam bandos de pardais à solta numa rua em que "quando a noite cai vai-se a revolta, sentam-se ao colo do Pai é a ternura que volta....Eram assim os meus Amigos e é por isso que sou um homem de Fortuna...(que não do tabaco espanhol...)

Vou jantar, não saiam do muro que eu já volto....



JPerry

domingo, 29 de julho de 2007

Os Capitães da Areia da Rua 1 (1ª parte)

Pois é, aquela Rua tinha o tamanho do mundo, era a Galia do Axterix, os diferentes locais vividos pelos nossos herois, Tintin e as suas várias personagens, Major Alvega, Ogan, Luky Luke, Michel Vaillant,Alix, Mafaldinha e tantos outros que povoavam o nosso imaginario aos quadradinhos, companheiros inseparaveis de imaginação e aventura que todos nós com fantastica camaradagem e companheirismo partilhavamos...
Eram tambem os herois desportivos do futebol ( grande espaço associativo do SLB) do hoquei (Livramento) passando pelo ciclismo simples de então (hoje o vencedor de uma volta à França pode demorar anos a determinar tal o estado de embriaguez em que eles andam....) em que o Eddy Mercks, o Ocaña e o Joaquim Agostinho nos inspiravam como herois em grandes corridas onde se deram grandes sprints, quedas e trambolhões...
Na primeira casa dos Cabeçudos (eles não vão levar a mal...) existia o Rui (que era o mais velho dos rapazes e sempre muito protector das irmãs) e o Fernando (que se fosse nos dias de hoje fazia parte da equipa de futsal do SLB de certeza absoluta) que conjuntamente com o Miguel Calvo e outros deve ter destruido toneladas de tenis a jogar à bola.Grande personagem daquela Rua e um Amigo sempre disposto com o seu sorriso a ouvir e querer saber dos outros.De seguida a casa dos Camachos, grandes Amigos e companheiros inseparaveis, corajosos, multifacetados e "asneirentos" de profundidade....O João, de uma coragem fisica quase a raiar o intrepido, talvez o Karateca mais famoso do mundo depois do Bruce Lee, danado para a pancada e grande activista de pedradas historicas entre as diferentes Ruas.O Luis (o Times) grande conversador, esperto e observador como poucos, fantastico corredor e o melhor do mundo a gamar cromos na escola dos bolsos dos outros que nos ajudavam a fazer colecções fantasticas com um criterio de troca generosissimo face ao excedente de materia prima...O Kitos, o mais sereno e inteligente de todos daquela casa, com um dos sorrisos juvenis mais admirado da Rua, sempre com a sua franja malandra que com arte desviava com a mão num gesto provocador de Latinidade invulgar.Tinham todos eles de comum um manejo e destreza a manejar fisgas e pedras como ninguem....
A seguir vinha o Toninho da Estefania, talvez o mais velho da Rua em conjunto com o Manel Calvo, constante preocupação da Mãe, que passava a vida a chamá-lo quando estava a jogar à bola connosco.Fantastico Amigo que posteriormente se converteu em intelectual das letras, com uns oculos à Fernando Pesoa, e que nunca mais vi...Na casa dos Esgalhados, que como muitos sabem foram nossos companheiros no Colegio Militar e tambem por essa razão Amigos inseparaveis lá de casa, havia o Jorge, alto, com boa compleição fisica, russo de aspecto, com o seu olho claro e sorriso malandreco, sempre muito galanteador, notavel ginasta e o mais fantastico comerciante que todos nós conhecemos e aparentemente o oposto do seu irmão Pedro (talvez o maior companheiro que tive na Rua e com quem fiz Kms ilimitados de pendura na sua mota) baixo, bom ginasta tambem, mas moreno de olho castanho, sorriso enigmatico e ar reservado, possuidor tambem ele de uma coragem intrepida, por vezes quase a raiar a inconsciencia nas suas consequencias...Nos da Nova havia o Luis, um dos quebra corações daquela Rua,multifacetado, mente livre e despida de quaisquer preconceitos, fantastico basketbolista( se fosse nos dias de hoje tinha ido para a NBA sem duvida), fantastico tocador de viola (grandes serenatas houvi à noite no Verão naquela Rua) e o Rui, tambem ele grande futebolista, com um sorriso eterno e uma Amizade especial por todos nós, pois não havia quem não gostasse dele!Na casa dos Martins, apesar de serem da geração do meu irmão Becas nunca esquecerei nem o Pedro, nem o Toninho (ambos com o sorriso franco, alegre e sereno que caracteriza toda aquela casa) ambos grandes companheiros de futeboladas da geração mais nova sendo que o Toninho em particular foi o maior magricelas que eu vi um dia ter um ataque de furia que o transformou num gigante que tudo agarrava e atirava contra o seu opositor até o por em debandada....
Bom, já vai tarde e como vocês sabem os nossos Pais não querem que à noite nós saiamos para a Rua, motivo pelo qual prometo para amanhã o lado Norte da Rua 1.....

JPerry

Olá a Todos

Aqui vai o meu primeiro post "oficial" depois de ser aceite como "membro de pleno direito" deste blog. Obrigada desde já pela simpatia de todos :)
Só para começar uma breve apresentação da família Neves que mora desde Setembro de 2004 no nº39 (afinal já são quase 3 anos). Somos 4 cá em casa: eu, o meu marido Rui, a Mafalda de 16 anos e o Vasco de 14.
Hoje fui com a família uma fazer excursão para conhecermos a Rua toda. Saímos de nossa casa e entrámos em todos os becos dando a volta ao fundo. Com as indicações pormenorizadas do Janjan já me fui orientando e ia contando à família: "aqui faziam as balizas, aqui andavam de carrinhos de rolamentos, o vizinho que vivia atrás de nós ia roubar fruta ao nosso quintal, etc etc" O meu filho acabadinho de chegar de um campo de férias estava admirado, "Oh mãe eu estou fora uma semana, e a mãe descobre imensas coisas sobre a Rua!!". Lá lhe contei sobre o blog e mais algumas das vossas aventuras. Comentário: "Oh mãe esses senhores que viviam cá eram um grandas bosses" (e isto é um grande elogio)
Tenho que lhe explicar que hoje em dia qualquer xinxada daria direito a um mês sem Play Station para ele não começar a ter ideias :D e deixem-me que voz diga mas as vossas mães eram umas Santas (ou então não sabiam nem metade do que vocês faziam...;)
Prometo umas fotos actualizadas para breve que hoje não tive tempo de tirar.
até à próxima
Cristina César das Neves

Rapazes da Rua I, (e alguns que me lembro!) II III eIV

Recordações dos meus vizinhos "macho"da RCB....
Da 1ª casa, lamento informar mas não me lembro, não me levem a mal! Dos camachos...O João, que há muito não o vejo, tinha sempre um ar malandro, mas sempre bem disposto! O Luis "Times" era um companheiro de muro na D. Estefãnia... brincalhão sempre! O Kitos como faz anos no mesmo dia que eu só podia ser boa pessoa mesmo!Perdoem me agora mas não me lembro do rapaz da D. Estefãnia, mas lembro me dele, muito mais alto que eu (não era dificil) mas timido quando nos sentavamos no dito muro! Dos Esgalhados havia o Jorge, do tipo engatatão, tinha sempre um comentário para nós meninas , o Pedro (no comments!) saiu já muito antes de eu sair de lá! O Rui da Nova tambem ele um eterno brincalhão, O Luis Felipe que sempre que podia lançava o seu charme a nós meninas, desculpem a franqueza, mas bonito rapaz confesso!! Das 7/8 meninas o Pedro, sempre á porrada comigo...imaginem! e o Toninho sempre pronto para a brincadeira. Depois tinhamos o Tó Perry, muito correcto, muito sério, pudera era mais velho que eu não me ligava pêva! O joão, amigalhaço,(ainda me lembro de um famoso arroz de atum que comemos em vossa casa!), o Pedro (meu primeiro namorado de infância) e o Becas, grande amigo ! Depois o Rui Vasco, um optimo ouvinte, sempre pronto a dar uma palavra reconfortante...ainda hoje! O Manuel Calvo, era um bem disposto, nos ultimos tempos das minhas visitas a RCB encontrava-o várias vezes e chegou a vir a Viseu visitar-me mesmo...recordámos os bons velhos tempos, embora haja uma diferença de idades, gostei de o rever!O Nuno, sempre charmoso e o Miguel, que se tornou num rapaz simpatiquissimo! Da rua 2 e 3 mil desculpas, não privei muito por esses lados!Da rua 4 o trio/quarteto (dos Russos) Bi, Becas, João Leitão e Eu, daria para escrever livro...ou livros! Mas isso era outra história! Foram sem duvida bons momentos, intensos e inesqueciveis! O Nuno, companheiro de muitas conversas, muitos desabafos, grande amigo! O Pêpê sempre a meter-se comigo e o Janjan(quem diria que se tornaria num escritor tão bem "falante" pleno de memórias e saudades!) grande paixão também! Depois o Joni, eterno e agradável Joni, amigo de muitos anos e o Luis, por vezes guia turistico. Last but not least o Tó João grandes noites de Browns e Russos, e o Ossitos que agora confesso já nem me lembro do verdadeiro nome (ups! Sorry!) As minhas desculpas ás mulheres destes amigos,mas na verdade eram assim os tempos, namoricos, namoros sérios e alguns corações partidos, mas tudo se criou e tudo com muita saude!!
Constato agora que na verdade os nossos Pais foram abençoados com uma leva de crianças todas tão bonitas e que com alguns obstáculos (por vezes tão uteis na vida) pelo meio se tornaram em pais /mães com uma capacidade de coerencia e actualidade de cabeça tão necessária neste Mundo em que vivemos. Deixo aberta a descrição dos nossos "boys" a quem se quiser aventurar....
Mil Bêjos a todos
Ines

63 postagens, 264 comentários! (Julho 2007)

Houve umas semanas que nos fizeram temer o pior.
Parecia que o blogg tinha perdido o gás.

Na verdade, algumas pessoas tinham enviado textos e fotos para o meu mail, mas eu estava fora, em trabalho, sem disponibilidade para meter em página... e foram 3 semanas (1 a 21 Julho)

Quando cheguei «descarreguei» todo esse material na página, e o blog ganhou nova vida.
Entretanto surgiram novos bloggers, o John C, o João Perry, a Cristina da casa dos «Suíços»...

Estava agora a olhar para o blog, com um olhar estatístico, e vi que não tem sido nada mal.

Para Julho, um mês com muita gente de férias (eu, confesso, raramente levo PC, descanso é descanso... praia, piscina, esplanada... isso é que é férias) não me parece que esteja mal o blog.

63 postagens e 264 comentários!!! É muito texto!


Grande abraço (e beijinhos) para todos.
Continuem a procurar imagens nos vossos baús...
Alguns de vocês até devem ter filmes...

«Joãozinho»
João Pedro

sábado, 28 de julho de 2007

Meninas da Rua 1 IV

Bem.... suspeita na concordância total acerca das belezas femininas,concordo em absoluto com tudo o que foi dito...embora sublinhe o facto que a minha mana era deveras bonita...(Não desfazendo as demais, claro está.)
Aguardem pela descrição dos rapazes....
Beijos
Ines

Miudas da Rua 1(III)

Last but not list...A ver vamos como diz o ceguinho...
A mais nova dos Camachos não era Rosario era a Cristina....Espero que me perdoes, pois no resto tudo se mantem como eu disse!Vais ver que depois dos 40 tudo muda...Muitas coisas para melhor.....

As Miudas da Rua 1(II)

Os erros da memoria...Vai lá vai, que até a barraca abana....
Afinal as Martins só chegaram a ser oito, pois a Xaninha foi a ultima das famosas 7....
As minhas desculpas e a correção para memoria futura!
Joãozinho, isto ainda vai dar uma novela ...
JPerry

As Miudas da Rua 1

Meus Caros
Hoje vou falar das miudas da Rua 1, as quais povoaram a nossa Rua e algumas revi com gosto através das fotos agora publicadas no blogue.
É curioso porque entre as maiores (reparem que não digo velha que esse era o Rui dos Chapelinhos por oposição ao Rui da Nova) e as mais jovens mediavam quase 25 anos(assim num calculo rapido a diferença de idade entre a Isabel da Nova e a Rita Calvo ou a mais nova das 9 Martins...
Como eu estava no meio tive o prvilégio e o gosto de as conhecer a todas.Em todas as casas havia pelo menos duas raparigas, a saber na primeira a Milai e a irmã primogenita cujo nome confesso não me recordo (é o alzeimer de estar mais velho) mas que era grande Amiga da Guida Calvo.Na segunda casa existia a Guida(fantastica de alegria e mente invulgarmente reflexiva com constantes inquietações com o seu proximo), a Gracinha (eleita a mais linda hospedeira da Tap) e a Rosarinho (os olhos mais bonitos da Rua, se bem que essa fosse uma caracteristica de todas as irmãs).Seguiam-se a Salomé(que se dava mais com a Ana Cristina Esgalhado), a Fatinha e a Vanda( ainda hoje não me esqueço daquelas três figuras sempre a acompanhar a sua Mãe, a DªEstefania, com os braços cruzados sobre o peito tal como era habito da Mãe).Depois moravam as Esgalhados respectivamente a Ana Cristina (seguramente um dos sorrisos mais bonitos e francos daquela Rua), a Xana (ainda hoje lindissima como se pode constatar nas fotografias e a detentora da mais forte personalidade da casa e a primeira pessoa que eu vi ter a coragem de enfrentar o poder paternal-juro que ainda contarei a historia....) e a Geni (que era a benjamim da casa adorada por todos e uma replica mais recente da Ana e da Mãe delas).Seguia-se a Isabel da Nova que foi a professora primaria do meu filho mais velho(que por ser uma quebra corações, no Colegio Militar arranjou imensos sarilhos a mim e ao Jorge Esgalhado-tambem prometo que contarei a historia) e a Paula (que conjuntamente com a Elsa e a Ana Teresa era a versão mais bonita de Maria-rapaz que eu conheci e danada na pancada).Agora é que é o fim, pois eu fiquei nas sete meninas, mas julgo que elas chegaram às nove e perdoar-me-ão que não me lembre de todos os nomes mas estou seguro que alguma alma caridosa me ajudará( mas tinham todas de comum o transmitirem na generalidade uma serenidade e simpatia irradiante que era e é sempre visivel na cara de todas e de cada uma ainda hoje, como já tive oportunidade de verificar ao longo destes anos na Teresa,na Clara, , na Isabel, na Gena, na Margarida, na Graça e todas as outras e que claramente herdaram da Mãe a alegria e do Pai a serenidade).Na outra casa que era o treze havia a Lili e a Juca (perceberão que "de la familia no se dice mal que ya basta lo que dicem los de fuera....).No 15 havia a Ana Teresa ( fantastica de generosidade e uma perfeita copia da D.Jaqueline da qual algumas historias tentarei relatar no futuro) a João ( a rapariga mais bem disposta que conheci mesmo na contrariedade) e a nossa admirável Inês que passados alguns anos está na mesma.Nos chapelinhos havia a Elsa (rapariga inteligente e de uma sagacidade invulgar que acompanhava os rapazes da geração dela na Rua em tudo quanto era tropelias) a Flora ( a rapariga mais determinada e batalhadora daquela Rua que eu conheci-sempre atrás da janela do quarto a estudar para os exames para se tornar na medica brilhante que hoje é)e a Ligia ( a rapariga mais ponderada, bondosa e matura que havia na Rua 1 está claro).No 19 e para fechar a contagem havia a Guida (outro dos sorrisos inesqueciveis da Rua) e a Rita Calvo( que já fazia parte da geração dos netos e que se tornou numa bonita mulher como tive oportunidade de ver há algum tempo).
Peço que me perdoem se "elevo" de mais as raparigas da minha Rua, mas aprendi com uma outra mulher(Marguerite Dyourcenar-As Memorias de Adriano) que o grande defeito dos homens é normalmente apontar os defeitos das pessoas em vez de lhes cativar as virtudes...
Prometo que tentarei descrever as miudas das outras ruas(2,3,e 4)e bem assim os rapazes (termo civilizado para os indigenas que nós eramos) da RCB.
Vão-me perdoar, mas tenho que ir para casa que a minha Mãe está a chamar-me para jantar...
JPerry

sexta-feira, 27 de julho de 2007

a new and welcome member in the family .... !

Cara Cristina César Neves:

Benvinda à ... SUA rua também ! Estranho mas ... agradável ver que a nossa Bafatá segue em frente ! A sua casa, o nº 39, era de facto habitada por uma familia oriunda da Suiça. Daí o nick .. ' os suiços ' ! Eram os Mathieu ! Pessoas que sendo low profile sempre deixaram uma ótima impressão. Os filhos, não sei se por uma cultura diferente, criaram um restrito grupo de amigos, onde eram no entanto benvindos. Não ouvirá no entanto muitos relatos que os incluam. E a sua Rua é a ... nº 3. A R C Bafata tem 3 ruas paralelas e uma que as une a todas . Esta
é a Rua 4. As paralelas são a 1, 2 e 3 ... começando lá em baixo ! Esse largo onde chega cá acima era o nosso campo de futebol. A CRGE ( não EDP ! ) era um centro de aventuras para nós ! Trepar lá acima era o 1º passo ! Espero que no nosso próximo encontro possam estar presentes ! A Rua fez-se do passado ... mas nunca viveria sem o presente ! Muito benvinda à familia !!

Janjan
Familia Pais - antigos ocupantes do nº 10

RCBafatá em 2007 muito diferente do que era em 1970

Desculpem-me.
Escrevo demais, e provavelmente até sou chato!
Mas este comentário de Cristina obriga-me a contar uma coisa.

Acho curioso que hoje seja possível alguém decidir ir morar na RCBafatá por considerar ser um local tranquilo, sossegado! A cidade mudou muito, como um dia destes contava o Becas Stone, e os Olivais também mudaram.

Para a Cristina...

Sabes que no verão, normalmente no mês de Agosto, 95% das famílias da rua íam de férias para as suas casas de Verão... a grande maioria das casas ficavam fechadas.
Ora, como deves imaginar, nesses prédios à volta da rua morava muita gente... digamos, muita gente mal formada.
E todos os verões era a mesma coisa. Eram comuns os assaltos ás casas, num tempo em que não existiam alarmes sofisticados, nem serviços da polícia a fazer vigilância...
Num verão, era um Agosto tórrido, era eu miúdo, talvez uns 10 anos... 1976. Acordo em sobressalto ao som de tiros.
Um gangue passava pela rua e disparava tiros para as janelas das casas... uma brincadeira como outra qualquer...

Eram outros tempos!
Espero que hoje se viva com mais tranquilidade na rua.

«Joãozinho»

Novos moradores da Bafatá

Olá pessoal.

Adorei ler o comentário da Cristina César das Neves, que mora na antiga «Casa dos Suíços»...
Xiii... o que me lembrei agora, Cristina. Sabes? Os suíços tinham no quintal atrás uma série de árvores de fruto. Tantas vezes, no Verão, saltávamos o muro (a minha casa tinha quintal a dar para o teu) e lá íamos à xinxada! Que bem que sabiam as frutas que tirávamos às escondidas das árvores dos vizinhos...

Mas, dizia eu, adorei ler o comentário de Cristina, que me deixou alguma curiosidade: Da malta que ainda mantém contacto regular com a rua, alguém se sente capaz de descrever a «Nova Rua Cidade de Bafatá?»

Tenho alguma curiosidade. deixei a rua em 1982...
Acho que fomos os primeiros a vender a casa... Logo a seguir as Paixões, acho... Mas pelo que percebi muita gente vendeu as casas.

Alguém me descreve quem lá vive, das famílias que conheço, e quem são os novos residentes da rua, se têm miúdos pequenos, se os miúdos também vão para a rua como nós íamos...

Abraços
«Joãozinho»

Cristina mora na «Casa dos Suíços» e estreia-se no blog

Olá Joãozinho

Hoje mando (devidamente autorizada pela autora) as impressões recolhidas junto da nova habitante do nº39 (casa dos Suiços). Eu tinha-lhe mandado um mail a dar conhecimento do blog e o resultado é muito curioso.

Beijos

Juca Perry

“Obrigada pela inclusão na base de dados.

Fui dar uma vista de olhos ao blog e senti-me esmagada... Para mim a Rua era apenas a rua mais sossegada que encontrámos em Lisboa depois de 2 anos a procurar casa que apenas tinha que corresponder a esse requisito, ser sossegada. O blog desvendou todo um passado cheio de movimento e aventura totalmente desconhecido. E eu que achava que o barulho dos meus filhos e amigos (agora nos seus turbulentos 15 anos) até destoava em tanto sossego J Adorei ver as fotos antigas da Rua. Adorei ir percebendo alguns pormenores que me escapavam (afinal a Rua sempre teve 4 ruas, eu achava que tinha sido no tempo da Expo que os becos tinham ficado sem saída para a Marechal Gomes da Costa). Vou continuar a “absorver” as histórias que para mim dão uma vida nova à Rua.

Obrigada

Cristina”

(Cristina César das Neves)

“Caros Vizinhos

Claro que não me importo que as minhas impressões vão para o blog, mas tenho receio de ser considerada uma “intrusa” nas vossas memórias, eu que só estou na rua há 2 anos e não vivi esse passado glorioso. Aliás, quando leio o blog é como se estivesse a ler romances de aventuras passados num sítio longínquo. Não é de certeza na rua onde eu moro que se passam todas aquelas cenas...Bom, eu também devido à ignorância não me consigo localizar bem nas vossas histórias (nem sequer ainda percebi a numeração das ruas mas parece-me que a minha é a 4) e com a quantidade de apelidos, nomes, diminuitivos e alcunhas, confesso que me baralho toda mas estou a fazer um esforço e já percebi algumas coisas, como por exemplo, que nós vivemos na “casa dos suiços” (o nº39 mesmo em frente à famosa estação da EDP). Por isso por enquanto, não prometo muitos contributos porque ainda estou a “absorver” as vossas façanhas e a tentar imaginá-las ali mesmo na minha rua (até tenho vergonha de lhe chamar “minha” agora que percebo o quanto desconheço acerca dela, parece-me que ela é muito mais vossa que minha).

Obrigada a todos por me deixarem partilhar a vossas memórias e aos poucos ir construindo uma visão totalmente diferente (muito mais “viva” pelo menos) da Rua.

Cumprimentos

Cristina César das Neves

Uma Santa...

Confesso-vos que umas personagens que sempre me fascinaram foram os Santos.Para quem não sabe não era uma familia especifica da RCB.Não!Estou mesmo a falar daqueles que a Igreja Catolica coloca em cima dos Altares para servirem de exemplo às pessoas na sua conduta de vida.Para os mais leigos é alguem de carne e osso como nós, que distingue o bem do mal, e que apesar de por vezes praticar o mal nunca deixa de perseguir e tentar fazer apenas o bem.Estou certo que muitos de vocês nas vossas familias conheceram pessoas com essas caracteristicas, basta lembrar-mos algumas das vossas Mães que corriam desesperadamente todos os dias de casa para o trabalho e vice-versa, sempre cansadissimas, mas com um sorriso e uma palavra amável sempre presente, muitas vezes ainda capazes de auxiliarem os seus vizinhos através das suas profissões, como era o caso de algumas que eram enfermeiras, médicas, professoras, funcinarias da Santa Casa e tantas outras.
Uma personagem que nunca esquecerei nesse aspecto era a Dinora( a empregada de casa dos Esgalhados) que todos os dias de manhã cedo se via ir à sua missa diária para depois ir ao mercado fazer as compras da casa seguindo-se um dia sem fim de tarefas diárias repetitivas de serviço para os outros, desde as refeições até tudo o resto que uma casa envolvia e que quem como nós visitava a casa dos Esgalhados facilmente se apercebia que estava sempre "um brinco".Dinora que tinha sempre um sorriso para todos nós, tratando-nos sempre pelo nome precedido da palavra Menino e ajudando-nos sempre em tudo quanto se lhe pedia.E que cozinheira fantastica que ela era, ainda hoje me lembro do frango desossado que ela fazia....
Tambem nesse aspecto como noutros o meu Bairro foi uma escola de virtudes, onde exemplos por vezes dos mais simples mais nos marcaram pela sua grandeza.
Bom vou voltar para o treze...
JPerry

quinta-feira, 26 de julho de 2007

Apagar o cigarro na palma da mão...

Confesso que já não me lembro do contexto. Mas o mais provavel é que estivéssemos a jogar à bola.
Mesmo ali à frente do portão dos Pais.
Às vezes jogávamos no portão dos Afonso, que tinha uma particularidade, uma estrutura metálica arredondada, para segurar as heras e as plantas trepadeiras, que fazia uma belíssima baliza.
Ora, estávamos ali nós, os putos, e o Nuno tá a fumar um cigarro, mas sem se perceber como, o pai do Nuno Pais aparece por trás sem que ele se apercebesse.

Já não há tempo para fazer nada.
O Nuno está no meio da rua, não tem nada para esconder o cigarro.
Que faz ele???

Simples, fecha a mão, dobras os dedos com toda a sua força e apaga o cidgarro na palma da mão.
Ao mesmo tempo, falava descontraidamente com o pai...

E nós, estupefactos: «Xiii! Deve ter queimado a mão toda».

Quando o pai se ausenta... o Nuno tinha de facto uma pequena queimadura na mão, mas nada de especial. Como fez?

Pois... é que provavelmente já não era a primeira vez que usava aquela técnica!

Mais uma história doida dos putos da Bafatá...


«Joãozinho»

ENCONTRO DE PUTOS DA RUA 2, em Setembro

Zé!

Eu e o Pô temos falado e pensámos que é fundamental reencontrarmo-nos os quatro.
Eu, tu, o Pô e o Tico.
No fundo, passámos milhares de horas juntos... desde que me lembro como pessoa até aos 15 anos...
Torna-se fundamental encontrarmo-nos, bebermos uns copos, relembrarmos as nossas histórias...

Mas como não tenho o teu contacto! Aqui fica o apelo, tens o meu mail, jpedro.1966@gmail.com
manda-me o teu contacto, para combinarmos.
A ideia é fazer isso em Setembro já que, pelo que percebi, Agosto estamos mais ou menos todos de férias, e provavelmente fora de Lisboa, provavelmente fora do país...

Abração Zé!


«Joãozinho»


P.S. Aos outros bafatistas, o pedido de desculpa. Alinharemos noutros encontros que se proporcionem, mas nós os 4 precisamos deste encontro com urgência!


cinco escudos .....

Tudo começou naquele periodo pós almoço em que com um calor abrasador, o meu pai não me deixava ir de imediato para a Rua ! Ali à janela, de repente e sem saber porquê, eu e o meu irmão Nuno começámos a anunciar a projecção de uma sessão de cinema em nossa casa! De repente passa um dos irmãos Salazar, seria o Jorge ou o Nuno, e curioso pergunta como seria : cinco escudos.... filme de cowboys ! Passado um pouco reaparece e ... compra três bilhetes ! Tipo foguete a noticia espalha-se e num instante .. sala toda vendida ! Às três em ponto estavam 'n' espectadores ao nosso portão prontos para ... entrar ! Não havia sala, nem filme nem nadica !Eu lembro-me apenas que .. desapareci de cena ! O meu irmão já nem lembro bem para onde se enfiou também ! O meu pai viu-se então a braços com a solução do problema ! Devolução do dinheiro e aguentar com os protestos ! Nessa tarde .... nem pensar em pôr os pés na Rua 1 | Dias depois .... tudo passou para o anedotário da Bafatá !
Ao preço de hoje seriam .... dois cêntimos e meio !
Alguém quer aparecer ??

Janjan

e alguns anos depois !!



Revejo o Jorge ! Simplesmente fantástico ! O Bi sempre foi estando por aqui e ali ! Thanks for a great lunch FRIENDS !!!!

Jan

Escola Secundaria

Depois da escola primaria lembro-me de ter ido estudar para a Escola Preparatoria Eugenio dos Santos (no fim da Avenida de Roma). A escola era entre o cinema (nao me lembro do nome) e o Manicomio do Julio de Matos. Um aspecto importante era a sua proximidade do Campo Grande onde o pessoal, quando se baldava as aulas, ia praticar andar de mota.

Os autocarros (double deckers) nao tinham porta e a entrada era por tras (ao lado) e nos muitas vezes corriamos para o apanhar em andamento e tambem para sair. Havia competicoes para ver quem conseguia saltar a mais alta velocidade. Grande rebaldaria no banco do primeiro andar atras.

O bilhete custava 10 tostoes e um maco de mata ratos era 11 tostoes. Os defenitivos eram de grande kolidade e custavam 16 (ou 21) tostoes. Certinho que o pessoal ia para casa a pe para poder comprar cigarros. Nessas passeatas jogava-se um jogo impecavel (nao me lembro do nome). Era assim: cada um escolhia um numero e se tinha o azar de um carro ter no ultimo numero da matricula o teu numero tinhas que levar os sacos do pessoal todo. No caminho para casa e antes de chegar a rotunda do relogio havia uma mata em que viviam os ciganos. Nos reamos muito curiosos e por vezes iamos espiar os ciganos que viviam em tendas e faziam a comida em fogueiras. Muitas vezes tinhamos de fugir pois os putos ciganos eram terriveis a porrada e vinham com facas atras de nos.

O Julio de Matos era uma atracao pois os malucos tinham tiques e vinham pedir dinheiro e cigarros. Um dia fomos introduzidos a nossa primeira educacao sexual quando um dos malucos atras das grades nos pediu um cigarro e em troca nos demonstrou o acto de masturbacao. Por essa altura devia ter 12 anos.

No cinema lembro-me de ir ver Ben-Hur um dia depois dos exams. Grande epico mas com muitas conotacoes religiosas erroneas e um actor principal que tem muito pouca consideracao pela vida humana.

Where is my Summer? It’s pissing down here!

I’ll be back. John C

quarta-feira, 25 de julho de 2007

Familias

Meus Caros
Como vos disse ontem vou tentar individualizar cada uma das componentes mais gerais que nesta primeiras mensagens colocarei para tambem tentar puxar pela memoria de cada um e da minha em particular .
As nossas familias apesar de já serem numerosas (hoje numerosissimas considerando que é numerosa uma familia de três filhos) e um evidente sinal de generosidade e ideais dos nossos Pais, pois só assim é que se percebe o numero de filhos que eles tiveram( não creio nem acredito que fosse por serem ignorantes ou por não terem TV como hoje por vezes se faz crer) tinham outros elementos que tambem marcaram o imaginário da nossa infância....
Quem não se lembra da Avó do Becas Stone e da sua figura impar a caminho da sua Missa, do Tio do Toninho da Estefânia(sempre de cana de pesca e com um horário pontual semelhante a um operário) os Avós dos Esgalhados (sendo que o Avô tratava de guardar as uvas da pergola da entrada de casa deles de qualquer incursão alheia às ditas, sempre acompanhado de um pau ou "cajado" ameaçador), das Tias dos chapelinhos, da Tia dos Camachos que lá se deslocava com habitualidade, creio que de uma Tia da Mitó e de tantos outros que davam o seu esforço e auxilio à educação de cada uma das nossas familias desempenhando um papel social importantissimo na nossa memória e afectos.Quantos deles foram os nossos maiores cumplices em muitas das traquinices que faziamos ou nos viam fazer.Tambem destas pessoas me recordo como uma essencia semelhante aquelas aguas de colonia fresquinhas que jamais se esquecem(4711, bien-etre, atkinsons e outras...)

JPerry

Casas ....

Realmente as paredes das nossas casas eram efectivamente translucidas quase...
Lembro me de estarmos um dia em casa os 5 (Ana, João,Jorge Nuno e Eu) e os meus pais terem ido jantar fora..Imaginem a rebaldaria, eu teria os meus 10 ou 11 anos.
Decidimos então fazer uma revolução no quarto dos rapazes, contiguo ao quarto dos rapazes Perry! Eram tampas de tachos,colheres de Pau, tudo que fizesse barulho...nós eramos mesmo danadinhos não? Claro está que houve repreensão...castigo e até os mais velhos apanharam uma palmadita no dito cujo (palmadita sim,porque o meu Pai não conseguia mesmo bater com força!!)
As paredes eram tão finas que se ouvia o desenrolar do papel higiénico nas casas de banho do vizinho!
Quanto á caça ao tesouro,lembro-me bem desse jogo! Tenho ideia de várias pessoas fazerem as pistas, entre elas a minha irmã e não sei se a Ligia tambem entrava nessas andanças. Mas eram realmente jogos impecaveis, que duravam um dia senão mais nao era? Num dos aniversários da minha filha Ines, decidi fazer uma caça ao tesouro, andava eu lá pelas matas da quinta a esconder as pistas ( sem ninguem saber onde andava claro) e eis que cai lá dum muro e torci o pé...bem, pensei que desmaiava de dor mesmo...e ninguém por perto, fiquei logo com um trambolho no pé que nem vos conto! Enfim, arrastei me pelo chão até encontrar alguem e já nem me mexi mais, passei o resto do aniversário de pé para o ar com gelo.Nem deu para gozar o jogo (Que galo!) MAs acho que os meus filhos gostaram da ideia, peo menos o feedback dos colegas foi positivo!
Um beijo
Ines Salazar

E a Caça ao Tesouro? Lembram-se?

Julgo que só o Times aflorou a Caça ao tesouro.

Mas eu digo-vos que foi das maiores marcas de infãncia. Aquilo para mim era o máximo, tinha toda uma magia por trás.
Confesso que nem me lembro quem organizava, quem escrevia as mensagens e as escondi nos quintais, mas juro-vos que como participante... aquilo era demais.

Aquelas «Xaradas» que nos obrigavam a relacionar imagens marcantes da rua, nomes das árvores, das famílias, enigmas à volta de mitos sobre determinadas casas, eu sei lá...

Eu teria uns 8, 10 anos quando jogava e digo-vos que me ficou para sempre...

Já agora, quem organizava essas grandes «Caças ao Tesouro» que duravam o dia todo???

Eu quase aposto que era o Jãjã, o Nuno Pais, ou então a malta mais velha...

«Joãozinho»

terça-feira, 24 de julho de 2007

Rectificação

Lapso de escrita....
Onde escrevi 35 devem ler 43.Rectificação ao abrigo do artigo 249º do Codigo Civil que permite a correção dos lapsos de escrita...."o simples erro de calculo ou de escrita, revelado no próprio contexto ou da declaração ou através das circunstâncias em que a declaração é feita, apenas dá o direito à rectificação desta"

Cheguei ao Bairro

Meus Caros
Tal como há mais de 35 anos acabei de chegar ao Bairro...
A minha primeira recordação vai para cada um dos nossos Pais, interpretes de uma nova forma de estar e viver na cidade ( desprendida e generosa), verdadeira revolução que atirou os filhos para um mundo de aventuras e de memórias,(semelhante às das revistas do Falcão e do tintin que liamos avidamente) naquilo que eram os arrabaldes da cidade, onde o estabelecimento comercial mais proximo era a Taberna do Sr.Manuel...
Casas com tacos de azinho que ainda hoje resistem e traços arquitectonicos de escadas modernas com um visual nordico, feitas a pensar numa classe media emergente e hoje em vias de extinção,numa luta (às vezes desesperada e com muito sofrimento) constante de melhora e sobrevivencia.
A todos e cada um desses interpretes (alguns nossos grandes companheiros ainda hoje graças a Deus) que povoam o nosso imaginario( quem esquece a figura de chapeu do Pai da Ligia, da Flora, do Rui e da Elsa que deu origem aos chapelinhos, o nosso meteorologista Antibio de Azevedo, a Mãe Caninhas e o seu racing VW carocha, o Bigode de autoridade respeitavel do Pai Esgalhado, o sorriso irradiante da Mãe Altinino, a constante disponibilidade da Mãe Pais, as conversas politicas do Pai Camacho, ou a amizade e simpatia constante do Pai Salazar Antunes e tantos outros que vou tentar recordar) eu agradeço ter tido o prazer e o gosto de conhecer e das experiencias que através deles recebi e me ajudaram e ajudam a procurar interpretar e perceber o mundo...
Tive muita pena de por estar na Macedonia não ter podido ir ao almoço partilhar convosco muitas destas memorias( a que o Times apelou), mas vou procurar agora e com alguma assiduidade depositar neste espaço, prolongamento virtual da nossa Rua.
Quando no outro dia fui com os meus gémeos ao cinema( nunca me passou pela cabeça que tal como alguns daquela Rua,as Azevedo e as Chinitas s.m.o isso tambem me aconteceria) ver o Harry Potter disse-lhes que eu quando era miudo tambem vivi num mundo em muito semelhante aquele que agora faz furor no cinema.Lêr os posts tem-me arreigado ainda mais essa convicção.
Até amanhã na Rua...

mais kodak's dos anos 70 . ...







Mais uma mão cheia de ... momentos ! E onde vemos entre outros o Dani ( meu vizinho ... nº 12, filho da Dona Simone e do Cte. Virgilio ), o Pedro Completo, um dos assimilados pela Rua ... o Bi, Pô, Zézinho, Tico, Zé e Raul Altinino, bem como o Nuno, meu irmão ... impante a .. fumar!!
Na foto com mais pessoal, falha-me o nome de quem está do lado de lá do muro e pergunto-me quem está encostado ao pilar do muro e fala com o Zé na bicicleta !! !!!

Janjan

e a 24 de julho ....

... de há trinta anos atrás, estaria a esta hora a....
... caminho da piscina dos Olivais, ou numa onda louca de Subutteo, ou a fazer Jogos Olimpicos com caricas ! Ou no largo da Rua 3 a jogar e jogar à bola, com a velha e durissima bola do Tó João ! Ou na Rua 1 a fazer uma peladinha de dois para dois nos portões Nova/Salazares .. ou sentado num dos muros Esgalhado/Salazares/Estefânia a fumar e planear a tarde ... ou a enlouquecer enquanto tentava meter um jogo no Spectrum ! Ou numa ' kingalhada ou canasta '. Mas estaria lá .... com o bando a que pertencia, o bando da minha vida, onde cabia a canalha e arraia miuda que fizeram a minha fantástica infância ! Poderia ainda estar a namorar ou a tentar tal .... mas certamente estaria a olhar para o calendário e a ver que faltava uma semana para ir de férias para a Abuxarda ( Cascais, como eu dizia sem saber porquê ! ). E era um mês sem a Rua! A primeira semana passava bem, mas se por acaso vinha a Lisboa e ia à Bafatá... o deserto que encontrava esmagava-me ! Onde estava a minha vida ?
Isto.... há trinta anos atrás ! Hoje .... volto lá em espirito !

Janjan

segunda-feira, 23 de julho de 2007

meia semana fora e .....

Wowwwww ! E eis que aos poucos o Spirit se espalha e aparece ! Foi fantástico rever aqui mais histórias ! E a Xana ( inha ) a oitava das ... sete meninas ! As fotos do almoço em Viseu com a familia Salazar Antunes ( pena não ter podido ir !!), novas fotos da Ligia .... e posts do João Camacho !
Promete o NOSSO blog depois de um interregno .... quiçá veraneante!

Beijos & abraços ... para TODOS!!!

Janjan

domingo, 22 de julho de 2007

Caça ás lagartichas.

A epoca de apanhar lagartichas era, se bem me lembro, por esta altura. As maiores eram apanhadas nas oliveiras, mas mordiam, as sacanas… Um facto cientifico era que as lagartichas quando perdiam a cauda, crescias-lhes outra (mas de cor ligueiramente diferente). Hoje estava a pensar ir as lagartichas com os meus filhos mas aqui (Inglaterra) deve ser um especie protegida (em perigo de estincao). Assim terei que esperar quando estivermos em Portugal no proximo ano. Os especialistas Sergio Silva (Toninho) e Manuel Calvo (Ti’manel) estao convidados para a espedicao. Se alguem sabe onde estao digam-lhes para vir ao Blog! Acho que a Salome anda por ai. Um grande beijo para ti saloia (ahahah).
Desculpem mas acentos, cedilhas e outras que tais... nao tenho! As que estao no titulo roubei-as.

Almoço 21 Julho em Viseu!!!!!




Desculpa Ligia..não resisti...sei que ainda não chegaste a casa, mas como eu já cá estou...mando eu as fotos tiradas neste dia do aniversário do Rui!!!!

Eis que chegam a viseu memórias do meu tempo,amigos da minha infância, daquelas que não se vão perder nunca! Que lufada...que ar fresco por aqui passou! Rui...a tua familia é espectacular, o teu ar de pai babado perfeitamente justificável...! Ligia, que mãe te tornaste, com toda a liberdade concedida e ao mesmo tempo com a preocupação inerente a criar duas adolescentes! Bem sei o que nos passa pela cabeça, e as tuas filhas, tem uma "cabeça" linda para os tempos que correm!

Obrigado por darem aos meus pais a oportunidade de rir e relembrar uma amizade eterna! Aqui ficam algumas fotos..a ligia decerto terá outras para enviar.

Um beijo a todos

Ines

sábado, 21 de julho de 2007

Quem dizia que o blog estava ... a morrer??? Só por cima do meu cadáver!

Pois é.
Jamais!

Primeiro porque há uma meia dúzia de bloggers de alta qualidade, começando pelo Times, o Jãjas, o Quitos, entre outros.


Depois, porque todos nós recebemos feed back de várias pessoas que sabemos vêm cá ler... e só não escrevem porque não têm tempo... ou ainda não sentiram o impulso de o fazer.

Mas há um enorme potencial de gente «danadinha» para começar a contar as suas histórias.

Só de conversas desta semana soube de dois casos.
A minha irmã Paula, (geração do meio), que se dava muito com a Maria João Altinino, a Clara Nogueira, a Ana Pais, entre outros... vive em Chicago há uma meia dúzia de anos... e eu contei-lhe esta semana do blogue. Por coincidência, ela está com o computador avariado...
Mas vocês vão ver. A minha mana (não é para me gabar) escreve como ninguém... e depois adora contar histórias.
Tenho a certeza que vai enriquecer muito o blogue.
A minha mulher, a Isabel, encontrou esta semana a Rita Calvo na praia. Qual foi logo o tema de conversa?
«Ah, o João, que bela ideia ter criado o blogue, eu e a Guida (irmã da Rita) temos visto e adoramos, um dia destes vamos mandar-lhe fotos antigas que temos».

Eu estou à espera Rita (e Guida)... não deixem que se cumpra o lema, «casa de ferreiro, espeto de pau»... vocês devem ter muita foto fixe!

Beijinhos pra todos. Os que escrevem, os que só lêem, os que vão escrever em breve, os que não gostam de escrever mas vão enviar fotos, todos...

JP «Joãozinho»

Stress pós-traumático: «Olivais desease!»

Tenho lido atentamente o blog, sempre que posso. E noto que há várias pessoas a dizerem uma coisa que acontece também comigo:
- Parece que se criou um bloqueio e não consigo ir buscar memórias dos Olivais. Tenho ideias gerais, mas não consigo contar pormenores, momentos em que eu tenha o filme todo, princípio meio e fim.
É estranho...
Depois leio as vossas histórias, e muito do que leio faz sentido, relaciono com as minhas vivências.
Mas, que raio... tenho flashes, pequenas imagens que se sobrepõem e empurram para outras...

E isso deixa-me preocupado.


Por outro lado, deixem-me contar:
Tenho um amigo que está a viver momentos difíceis.
Jornalista como eu, entrou na profissão e nunca mais parou. Trabalho, trabalho, grande dedicação, pouca vida privada... muito trabalho, trabalho, trabalho...

Bem, acontece que este meu amigo se reformou há 3 anos. Tinha perto de 60 anos, propuseram uma indemnização para sair... e como estava cansado... aceitou!

Pois, fez mal. Muito mal.
Era um homem cheio de vida. Não parava quieto. Nunca vi uma pessoa com tanta energia, boa disposição, capacidade de trabalho... eu sei lá...

Ora, o que lhe aconteceu?
De um dia para o outro, deixou de trabalhar. Foi só isso.
E essa pequena mudança na sua vida... estragou tudo. Espoletou um trauma que nem ele próprio sabia que tinha:

Acorda durante a noite aos gritos, tem pesadelos com episódios da guerra colonial, cenas que tinha apagado da memória... e que agora voltaram. Os médicos medicaram-no, e agora parece um velhinho... quase não fala... enrola a língua... só quer é dormir...

Ora, imagino eu... este bloqueio que sinto em relação aos Olivais vai manifestar-se um dia... :

Já tou a imaginar:

«Sôtôr, acordo todas as noites desesperado... um dia destes acordei com um pesadelo horrível: a minha mãe tinha descoberto que eu tinha um SG filtro (que custou 5,6 escudos) escondido na casinha do quintal atrás. Outro dia acordei, imagine lá sôtôr, tinha perdido o meu pião, o Zézinho acertou-lhe mesmo com o bico em cima, rachou-se ao meio»...

- «Ah, isso é muito grave, o senhor vai ter de ser medicado. Mais um pesadelo desses e pode ter uma paragem cardíaca»... diz o médico de sobrolho dobrado.

- «Sôtôr, sabe qual é o meu maior receio? É um dia destes acordar no meio de um pesadelo terrível, que era eu a jogar ao toque na rua 1 com o Fernando Azevedo, e aparecer um motorista da Carris com uma pistola na mão, para se vingar da pedrada que atirara ao autocarro na véspera»...

- «Tenha calma! Temos uns comprimidos muito bons. O senhor vai dormir descansadamente... de noite e de dia...» diz o médico já de caneta afiada a prescrever uns tranquilizantes! Mas ainda insiste: «Conte lá mais alguns pesadelos, para eu perceber melhor a sua fobia...»

- «Bem, a semana passada, sonhava eu que tinha uma fisga fantástica. Íamos todos às lagartixas e osgas, e eu acertava sempre. Aquela fisga era um milagre... O «y» de arbusto tinha sido cortado da gigante sebe do quintal do Jãjã. Mas era um «y» perfeito. Os elásticos, comprados na drogaria, ao pé do «café do gordo», atados com cordel da tasca da Marechal da Costa (onde é hoje a RTP) tudo estava perfeito. Uma fisga perfeita. Mas, dizia eu, sôtôr, estava eu e o Tico à fisgada às osgas no quintal dos Afonsos (aquele muro alto que dava para o quintal do Jãjã tinha muitas heras e as osgas escondiam-se ali, procurando o sol entre as folhas) quando atiro uma fisgada com uma pedra arredondada (um seixo, cavado da terra nas Oliveiras) e esta faz ricochete e parte o vidro do carro do major Altinino, estacionado na curva da Rua 2 para a rua 4. Acordei, sôtôr, no momento em que o major aparece... que susto!!!»


- «Não se preocupe. Vai tomar estes comprimidos, de oito em oito horas... Já lhe identifiquei o problema. O João viveu uma infância muito intensa. muitas traquinices, muitas aventuras. O seu sistema psicológico encontrou uma forma de o libertar dessa marca forte, e apagou-lhe os registos. Como se tivesse um disco rígido no seu PC daqueles externos que só liga quando precisa de ir lá. Assim está a sua memória dos Olivais. De repente, o disco ligou-se. Por uma razão qualquer, esses dados estão a chegar-lhe em bruto... e causam alguma distorção. Você tem pesadelos com coisas que não chegaram a acontecer. Mas olhe que podiam ter acontecido... Vocês arriscavam muito... »

- «Mas, Sôtôr, queria perguntar-lhe: Será possivel receitar-me uns comprimidos que me permitam relembrar as coisas muito boas que vivi nos Olivais e que não consigo lembrar-me, sem estes pesadelos?»

- O Doutor não respondeu...

João Pedro Fonseca
«JoãoZinho»

MJ Rocha: «A Sra deve ter vivido nos Olivais não?»

Olá João

Como se queixam de falta de leitura, aqui vai mais um apontamento, que por acaso já contei à mesa durante o nosso almoço convívio.

Isto passou-se há 14 anos. Bairro de Telheiras. Passeava eu o meu filhote bébé (na altura) nos jardins do Alto da Faia quando vejo chegar, com ar aterrorizado, uma série de miúdos nossos vizinhos com idades entre os 13 e 17 anos, que se “encaixam” dentro do nosso cafézinho convívio. Estranhando tal comportamento perguntei-lhes o que é que se passava: fugiam dos “putos da cola”. Catraios de 8 anos, raquíticos, do bairro da Horta Nova. Aproveitei logo para mostrar a minha indignação pelo medo deles: então vocês com esse tamanho todo, têm medo destes franganotes? Ninguém é capaz de lhes saltar em cima e dar-lhes um enxerto? Vocês estão com medo do quê? A seguir faz-se um silêncio no Café! Os míudos ou não entenderam a minha proposta ou ainda ficaram com mais medo! Até que uma Sra presente no Café (mais ou menos da minha idade) me diz assim: A Sra deve ter vivido nos Olivais!?

É assim tão evidente?

Abraços para o pessoal!

João Perry vai entrar no blog...

Recebi um pedido de acesso do João Perry. Engraçado, acabei por falar com ele ao telefone profissionalmente, (jornalista para advogado) mas na altura como estava naquele paleio «Mas Sôtôr, neste tipo de casos, a jurisprudência ... trá lá lá...» não achei bem pelo meio, dizer, «ó João, lembras-te de mim, era teu vizinho, na RC Bafatá...»

Mas agora já posso!
Grande abraço João!
By the way, já tens acesso ao blog. Recebeste um mail, segue as instruções.
JP «Joãozinho»



John Camacho com «direct acess» to the Blog!








Kitos has given me your contact. How can I contribute to the above
site? By the way where did you live?
John Camacho


Olá John. Its very unusual, someone that lived with us, but cannot speak portuguese.
Anyway, i lived at Rua 2, number 33. Remember? Just nearby de Arquitect, we used to call, «Arquimedes», in front of Anthímio de Azevedo, we used to call «Anfíbio»...

Maibe you know my older brothers, Zé Luís, he must be now about 59 years old, Américo, 56, Aníbal, 54, or António, he is 51.

About the acess... if you try right now... you will have direct acess!


João Pedro «Joãozinho»


Joana Barbosa desperately looking for Nuno Salazar!

Este blogue também serve para isto.
Amigos, de amigos de outros amigos... Enfim, alguém que conheça alguém, que por sua vez seja amigo de alguém da Rua Cidade de Bafatá... tem lugar neste Blog!

Não te preocupes Joana, o Nuno vai contactar-te em breve!
beijinhos

João Pedro «Joãozinho»

Eis o apelo de Joana Barbosa!





Fazendo uma busca, a ver se sabia alguma coisa do Nuno Salazar que perdi o contacto já há algum tempo, encontrei o vosso blog.
Sou uma velha amiga do nuno, joana barbosa e pedia à Inês ou ao Jorge se me mandavam o tlf do Nuno para o meu mail.
Obrigada e Bjnhs para a familia Salazar Antunes.


mjoanabarbosa@hotmail.com>





"Rua do tamanho do Mundo" - Tico

Olá João,

É impressionante ver o reencontro proporcionado por este blog e pelos almoços que têm sido organizados! Não consegui estar presente no recente almoço, mas tenho feito grandes viagens pelo blog e só posso dar os parabéns aos promotores de ambas as iniciativas. Tem sido interessante saber o que é feito dos bafatenses e rever tantos episódios passados.

Ando há várias semanas para escrever mas, de cada vez que por aqui passo, entretenho-me a ler e acabo por não deixar rasto. Algum dia tinha que ser e hoje, 5/07/07, não resisti a mais uma foto da nossa infância aqui deixada pelo Janjan, num oportuno movimento "back to track"...

E como não podia deixar de ser, deixo mais um relato desta "Rua do tamanho do Mundo":

- uma das últimas pessoas que encontrei foi o Armando Nogueira, há dois anos atrás em Cumbuco (perto de Fortaleza, Brasil), uma pequena vila onde não se espera encontrar ninguém, muito menos o vizinho da frente... Encontrámo-nos num restaurante (o único?) ao jantar e ficámos noite dentro a reviver o passado à volta das Caipirinhas. Depois de mais alguns dias de farra, deixei-o lá, na sua nova vida - instrutor de Kitesurf. O Armando no seu melhor...

Um grande abraço e até breve.

Tico

Ligias's Photograph Storys


A Lígia presenteou-nos com um vasto stock de fotos... mas legendadas.
Ali, tudo explicadinho...

Thanks Lígia...

Aproveito para dar os parabéns ao meu amigo Luís (Times) pela sua excelente memória, e confirmar a opinião do Joãozinho relativamente à eleição do mais participativo, sem qualquer dúvida o TIMES.

Gostei imenso do pormenor da história dos ciclistas, pois apesar de mais nova, acompanhei todos aqueles afazeres (afinal não sou assim tão mais nova e já na altura era cusca). Não cheguei a perceber quem escreveu a história mas deduzo que foi o Times.


Tenho acompanhado o blog mas ainda não desvendei o mistério de quem pôs as batatas no tubo de escape do carro novo dos Salazares. Becas, bufa lá quem foi o criminoso.


A foto polémica do nº 5, é mesmo como o Times disse, em frente à minha casa e os da fila da frente sou eu, o Rui meu irmão e a João Salazar.


Relativamente aos nomes, ainda existe uma grande lacuna e por isso aqui vai o meu contributo:

Dos nossos amigos da casa das 7 meninas, cujo apelido é Martins, e que estiveram brilhantemente representados no almoço pela mãe Maria Otília, pela Gena e pelo Pedro, aqui fica a lista por ordem decrescente de idades: Isabel, Teresa, Clara, Lena, Guida, Gena, Inês, Pedro, Toninho e Xana.


Com esta me fico, e para a próxima conto uma história.

Beijos saudosos para todos

Lígia





















Brincadeiras «made in Bafatá» (Xana) a 8ª menina

Só tenho de te agradecer a trabalheira que estás a ter com isto, apesar de não partilhar a maioria das vossas (Mais velhos) memórias, muitas delas também são minhas e sabe tão bem recordar!
Olha também me lembrei de um episódio MUITO engraçado:
A casa das 7 meninas fica em frente da casa dos Perry's e o Nuno Salazar Antunes (Claro! Na minha memória era o malandreco do sítio) mais alguém que eu não me lembro quem foi (porque na minha memória a "culpa" ficou para o Nuno e pronto, lol) lembrou-se de fazer uma brincadeira!
Atou o puxador das portas da frente das duas casas com uma corda, de maneira a que quando alguém tentasse abrir a porta, não iria conseguir. Claro que o mistério ficou resolvido quando - APÓS VÁRIAS TENTATIVAS DE ABRIR A PORTA - alguém se lembrou de tentar do lado de fora e viu o que na realidade se passava.
Eu era muito miúda, só me lembro que não me deixaram ir para a rua ver o final da história, e não tenho 100% de certeza dos pormenores, mas se alguém se lembrar.... help!
A 8ª da casa das 7 meninas

Times, sempre o Times. És o máior!

O Times mandou-nos mais umas fotos.