Olá Joãozinho
Hoje mando (devidamente autorizada pela autora) as impressões recolhidas junto da nova habitante do nº39 (casa dos Suiços). Eu tinha-lhe mandado um mail a dar conhecimento do blog e o resultado é muito curioso.
Beijos
Juca Perry
“Obrigada pela inclusão na base de dados.
Fui dar uma vista de olhos ao blog e senti-me esmagada... Para mim a Rua era apenas a rua mais sossegada que encontrámos em Lisboa depois de 2 anos a procurar casa que apenas tinha que corresponder a esse requisito, ser sossegada. O blog desvendou todo um passado cheio de movimento e aventura totalmente desconhecido. E eu que achava que o barulho dos meus filhos e amigos (agora nos seus turbulentos 15 anos) até destoava em tanto sossego J Adorei ver as fotos antigas da Rua. Adorei ir percebendo alguns pormenores que me escapavam (afinal a Rua sempre teve 4 ruas, eu achava que tinha sido no tempo da Expo que os becos tinham ficado sem saída para a Marechal Gomes da Costa). Vou continuar a “absorver” as histórias que para mim dão uma vida nova à Rua.
Obrigada
Cristina”
(Cristina César das Neves)
“Caros Vizinhos
Claro que não me importo que as minhas impressões vão para o blog, mas tenho receio de ser considerada uma “intrusa” nas vossas memórias, eu que só estou na rua há 2 anos e não vivi esse passado glorioso. Aliás, quando leio o blog é como se estivesse a ler romances de aventuras passados num sítio longínquo. Não é de certeza na rua onde eu moro que se passam todas aquelas cenas...Bom, eu também devido à ignorância não me consigo localizar bem nas vossas histórias (nem sequer ainda percebi a numeração das ruas mas parece-me que a minha é a 4) e com a quantidade de apelidos, nomes, diminuitivos e alcunhas, confesso que me baralho toda mas estou a fazer um esforço e já percebi algumas coisas, como por exemplo, que nós vivemos na “casa dos suiços” (o nº39 mesmo em frente à famosa estação da EDP). Por isso por enquanto, não prometo muitos contributos porque ainda estou a “absorver” as vossas façanhas e a tentar imaginá-las ali mesmo na minha rua (até tenho vergonha de lhe chamar “minha” agora que percebo o quanto desconheço acerca dela, parece-me que ela é muito mais vossa que minha).
Obrigada a todos por me deixarem partilhar a vossas memórias e aos poucos ir construindo uma visão totalmente diferente (muito mais “viva” pelo menos) da Rua.
Cumprimentos
Cristina César das Neves”
7 comentários:
Muitas vezes é o conhecimento do passado que nos faz disfrutar melhor o presente com a certeza de que há futuro.Mora numa rua fantastica onde os grupos de crianças eram como bandos de passaros numa seara....Acredite que os gritos dos seus filhos nunca serão demais nessa rua...
Não imagina como fico aliviada com esse comentário :)
Cristina .... éramos um pequeno bando de miudos à solta !! E de duas gerações ! Kind of farwest sometimes !!
Janjan
A criação deste Blog foi uma ideia deveras genial!Parabéns!Abraço e beijinhos para todas as "crianças" que "...eram como bandos de passaros numa seara."
Eiii! Jãjas...
Desculpa mas são 3, as gerações...
Há também a minha, a dos putos. é verdade que somos menos, muito menos...
Mas também contamos!
E, Cristina, pode ter a certeza que essa rua era muito, mas mesmo muito barulhenta.
Quantas vezes não fizemos jogos de futebol à uma, duas da manhã.....
Visto agora... com 40 anos, percebo porque alguns vizinhos abriam o estore, enervadíssimos, e gritavam connosco: «Miúdos, não acham que é hora de fazer menos barulho? São duas da manhã...»
Cá no meu íntimo, quando a Cristina disse que os seus filhos são barulhentos, eu tive uma reacção oposta: Pensei: «Se aquela rua já não tivesse crianças nem jovens... era uma rua morta... uma rua triste... mas pelos vistos ainda há jovens. E isso é bom!»
Pois, as futeboladas fora de horas, quando não era a tentação dos carrinhos de esferas, esses sim, autenticos bolides de velocidade e barulho...
Zézinho,
Lembrei-me agora que tu eras quem fazia os Bolides mais rápidos, lembro-me de um carrinho de esferas que fizeste com apenas três rodas e que andava para xuxu... Depois era só limpar as rodas com aguarás e não havia quem te batesse...
Um abraço
Becas Perry
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