Aqui vai o meu primeiro post "oficial" depois de ser aceite como "membro de pleno direito" deste blog. Obrigada desde já pela simpatia de todos :)
Só para começar uma breve apresentação da família Neves que mora desde Setembro de 2004 no nº39 (afinal já são quase 3 anos). Somos 4 cá em casa: eu, o meu marido Rui, a Mafalda de 16 anos e o Vasco de 14.
Hoje fui com a família uma fazer excursão para conhecermos a Rua toda. Saímos de nossa casa e entrámos em todos os becos dando a volta ao fundo. Com as indicações pormenorizadas do Janjan já me fui orientando e ia contando à família: "aqui faziam as balizas, aqui andavam de carrinhos de rolamentos, o vizinho que vivia atrás de nós ia roubar fruta ao nosso quintal, etc etc" O meu filho acabadinho de chegar de um campo de férias estava admirado, "Oh mãe eu estou fora uma semana, e a mãe descobre imensas coisas sobre a Rua!!". Lá lhe contei sobre o blog e mais algumas das vossas aventuras. Comentário: "Oh mãe esses senhores que viviam cá eram um grandas bosses" (e isto é um grande elogio)
Tenho que lhe explicar que hoje em dia qualquer xinxada daria direito a um mês sem Play Station para ele não começar a ter ideias :D e deixem-me que voz diga mas as vossas mães eram umas Santas (ou então não sabiam nem metade do que vocês faziam...;)
Prometo umas fotos actualizadas para breve que hoje não tive tempo de tirar.
até à próxima
Cristina César das Neves
domingo, 29 de julho de 2007
Olá a Todos
à(s) 22:03
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43 comentários:
Good point acerca da retaliação à 'xinxada'. E de facto 50% dos disparates eram desconhecidos pelas nossas mães ! Quanto à Playstation ser retirada ... pois! Nessa altura retirava-se era a saída de casa para a rua ! E mesmo assim , as janelas eram tão baixinhas que se saltavam ! Bastava regressar a casa sem barulho. As nossas mães faziam o resto ... fingiam que não percebiam !
Quanto ao passeio da Familia Neves na sua/nossa rua .... é a prova que vale a pena dar ao passado uma chance de estar connosco , todos os dias !
Por isso, Cristina, Rui, Mafalda e Vasco ... welcome to Bafatá's Land !
Vão ver que a vossa escolha não foi orientada para ai por acaso...Tudo na vida tem uma razão de ser....Bem-vindos à vizinhança da minha irmã Juca e dos meus Pais
JPerry
Cara Cristina
Só para ver possiveis coincidencias...por acaso é alguma coisa ao Professor João Cesar das Neves?
Bem-vinda ao blog e parabéns por morar numa Rua fantástica!
Lembro-me que a garagem dos "Suiços", na vossa actual casa, era forrada a azulejos de cor verde claro e tinha uma "fossa" de trabalho, que era uma coisa nada habitual numa garagem doméstica.
Bi (do nº 14, a casa do bacalhau, onde os meus pais moram)
LOLOLOL
Os azulejos verdes ainda lá estão e a fossa também embora agora tapada com tábuas e um chão. Confesso que a garagem é o que de mais original ainda existe na casa pois não sofreu obras quase nenhumas e é quase só "armazém de lixo" mas acho o máximo que se recordem dos horríveis azulejos verdes.
Quanto ao João César das Neves é efectivamente meu cunhado, irmão mais velho do meu marido. E há uma cunhada do meu cunhado, que vocês se devem lembrar aqui da rua. É Zecas Azevedo Mendes (agora Eiró por casamento) que foi a primeira pessoa a reconhecer o nome da rua para onde eu me ia mudar (os pais dela ainda moram cá).
Cristina:
Como vê .. a Rua parece valer a pena.... Ainda bem que a encontraram !!
Jan
Essa era a minha suspeita...
Com efeito, estudaram com o seu cunhado na Catolica e dessas Ruas, pelo menos a Zeca e o irmão Francisco( ambos gestão e economia) o TóJoão(gestão e residia na casa ao lado do bacalhau na Rua 4), o João Navega (residia à vossa frente e estudou direito) a Isabel Afonso(estudou economia e penso que é do curso à frente do seu cunhado)o José Manuel Araujo (estudou gestão e é do curso do seu cunhado)o Jorge e a Xana Esgalhado(o primeiro do curso à frente e a segunda dois ou três cursos depois) e eu que estudei Direito na mesma altura em que ele lá andou, tendo ele tido a amabilidade de há bem pouco tempo ter realizado uma conferencia no meu escritorio a meu convite.Como vê o mundo é pequeno...e a Rua enorme!
Ena...!!! tantos!!!
suponho que a alguns tenha acontecido o mesmo que a ele que até queria fazer engenharia no técnico mas ao fim da primeira semana de aulas a ver os professores expulsos das aulas literalmente a pontapé decidiu que ia para a católica porque ele queria MESMO estudar. Felizmente não se deu mal... Eu e o meu marido somos 10 anos mais novos e já não apanhámos esses períodos conturbados pós 25 de Abril. Em finais da década de 80 o técnico já tinha voltado a ser uma grande escola.
João Perry,
Apesar de não ser relevante, aqui fica uma correcção: o Tó João fez economia e não gestão.
Grande Abraço,
Bi
Que bom que é, ouvir alguém que leu as nossas histórias e as transmitiu aos filhos...
Parabéns Cristina. Foi uma boa opção ir viver na RCBafatá|!!
Lembro-me que os suíços tinham no quintal uma vasta panóplia de gaiolas, julgo que de galinhas, de coelhos, de patos, eu sei lá... de pássaros, de bicharada vária.... E tinham vários pessegueiros, uma pereira (daquelas peras duras, verde escuro... que boas que eram... trincava-se e ficava-se com as mãos cheias de sumo...)
Isso é que já não há nada, nem bicharada nem peras, só umas laranjas ácidas e uns limões. Mas tenho uma palmeira gigantesca, mesmo à frente, maior q a casa que se vê da Marechal Gomes da Costa e que já é do vosso tempo de certeza. Tenho também uma bouganvília enorme sobre a entrada da garagem que é das maiores cá da rua. Na foto do google earth agora até se vê as zonas cor-de-rosa das bouganvílias da rua principalmente a da casa nº1
A sério???
Vou espreitar!
Cara vizinha,
À primeira vizinha "blogspotense" lanço um desafio.
Não siga o exemplo dos vizinhos que na frente das casas colocaram grandes chapas pintadas de verde, tipo condominio fechado de alta segurança!!!
Não, estou a brincar... desejo-lhe que aproveite ao máximo a sua estadia na Cidade de Bafatá e que aproveite as relações de vizinhaça mesmo que sejam "Velhos", porque não o são! São os nossos Pais.
Benvida à Bafatá virtual, aqui também não há muros.
Becas Perry
Bequinhas,
Em grande!
Falando por mim, por norma estou tranquilo em relação aos meus pais, por morarem na Rua.
As coisas não são como eram como quando nós éramos putos, mas estão francamente melhor desde que o "Cambodja" desapareceu. Não faço ideia se o "gordo" ainda funciona, como antes, mas espero que não!
Sei que levam com os "palhaços", em direcção ao shopping, com a ausência de educação a que estamos habituados e que tem pouco a ver com o nosso tempo.
Gostei de encontrar a tua irmã Juca, no café do bairro, tipo à moda antiga em que as pessoas se falam.
Grande Abraço,
Bi
Já agora gostava que este post «ganhasse» ao capitão não sei do quê... que teve 35 comentários... tá quase malta, só faltam 20... vamos lá!
Bom confesso que quando vim para cá começaram a assustar-me algumas histórias que ouvia (parecidas com algumas que já aqui li) de muitos assaltos e muitas complicações nos Olivais. Por isso , e acima de tudo porque de vez em quando o meu marido sai em trabalho durante muito tempo e eu fico sozinha com os miúdos, ainda pensei nos tais paineis de alta segurança, mas só por uns momentos pois o que eu mais gostei na Rua foi precisamente o aspecto de bairro que é dado pelas sebes, pelas árvores pelas casas todas mais ou menos iguais, e tentei manter-me dentro disso o mais possível. Só colcoquei um grade branca (a condizer com as que já existiam na casa e nos portões) para dissuadir alguém de me saltar para o jardim e plantei cedros para fazer uma sebe(pois o meu jardim fica abaixo do nível da rua e era fácil saltar o muro baixinho).
O Bi saberá muito melhor que eu, pois mora mesmo aí abaixo.
Eu vou duas, três vezes por ano aos Olivais, visitar o Miguel Calvo, o único amigo que mantenho da rua desde a infância, num contacto regular. Vamos às festas de aniversários dos nossos putos, já passámos férias juntos, etc etc...
Mas pelo que o Miguel me conta, de facto os Olivais mudaram, e muito.
É verdade que ainda se vê alguma gente na orla da marginalidade, mas já não existem os gangues de bandidos. Os grupos de malfeitores que varriam a nossa rua volta na volta e que tinhamos de ir a fugir para casa...
Uma vez... acho que foi o fernando, coitado. Deixou o casaco em cima do muro do BI enquanto jogávamos aoscentros... aparedce um grupo de putos com muito mau aspecto, e desatámos a correr para um quintal qualquer...
O fernando esqueceu-se do casaco.
Claro... passaram e lá se foi o casaco!
Isto era muito comum acontecer...
Hoje acho que não!
«Joãozinho»
Se é para tentar bater o record do ilustre militar desconhecido, vamos lá a isso...
Bi
A ideia é essa... Não vamos deixar o capitão da treta nos tirar o record!
João(zinho),
Eu não serei a pessoa mais indicada, uma vez que saí da Rua em 1989 e só regressei em 2001.
De qualquer modo, tive sempre grande contacto com o Bairro em geral e com a Rua em particular, uma vez que os meus pais continuam a morar no 14, os meus sogros também moram nos Olivais, nunca deixei de votar na Damião de Gois e continuei a frequentar o Tó, o Pinto ou o Tosta.
Já escrevi num outro post qualquer que, para mim, o verdadeiro ponto de viragem foi a abolição do bairro do "cambodja" (um dia que encontre a Cristina Neves, explico-lhe onde e como era esse abominável "bairro", com todo o respeito para a minoria de familias normais, que tiveram a má-sorte de lá ter "caído"...).
O envelhecimento natural das familias, os casamentos, as prisões e as mortes de gente ainda relativamente nova, também é um factor importante.
O facto de ainda se conhecer algumas das caras dos antigos bandidos, também ajuda a não stressar. Acho que, quase todos nós fomos colegas de escola (primária, preparatória e liceu) de várias linhagens de gente menos boa (está a apetecer-me ser simpático!) e ainda hoje reconheço muitas caras do antigamente mau.
Chelas cresceu muitíssimo e penso que as grandes confusões com drogas e roubos se passam/começam por lá, se bem que para roubar eles/as atravessam a Avenida para o lado de cá. Curiosamente, em Chelas existem inúmeras familias, ditas normais, que fazem a sua vida sem "mexer" com a dos outros.
A realidade actual é completamente diferente da nossa época de putos e é para melhor. Hoje em dia, tens os "bonés" e os xunnigs, mas esses andam em todo o lado, infelizmente...
Grande Abraço,
Bi
Amigo anônimo,
"A ideia é essa... Não vamos deixar o capitão da treta nos tirar o record!"
Assina em baixo, s.f.f.
Bi
Quando eu falo em "xunnigs", quero dizer "xunnings". Acho que tinha dado para perceber, mas sempre vale mais um post... LOL
Bi
Em matéria de segurança recomendo um CÃO!!
Recordo aqui o efeito aterrorizador que um pequeno cão pode ter na mente dos ditos "Xunnings". Este episódio passou-se com a irmã do Zézinho ao lado da casa dos meus pais, em pleno período áureo de assaltos. Um dia, estava eu no quintal e começei a ouvir uma voz de uma rapariga que gritava, desesperada porque estava a ser assaltada por três putos do dito Gamboja. Eu tinha um pequeno cão, acabadinho de chegar ao seu novo lar e que se chamava Rufy. O cachorro ainda mal sabia ladrar, mas com os seus pequenos dentes já se fazia sentir. Assim, logo que ouvi a irmã do Zé aflita coloquei-me em acção...desatei a correr para a lateral da casa e com a ajuda do meu cachorrito Rufy, dei-lhe a seguinte ordem! - Qsse..., Qsee..., Rufy, atacaaa! Parece que ainda estou a velo, a correr desamparado pelo caminho de terra, a defender o território da Bafatá... Qualquer pontapé dava para fazer voar o Rufy... Nesse momento só queria que vissem, pernas para que te quero, desataram a correr e só pararam do outro lado da Avenida. A irmã do Zé coitada, ainda meia abananada com a situação lá se recompôs. Do outro lado da Avenida Marechal Gomes da Costa os putos ripostavam com pedras ameaçando que voltariam para a vingança. Mais tarde já ao cair da noite, volto a ouvir barulhos estranhos. Imaginem!! Eram os putos!! Mas desta vez não eram três, eram quinze!, nem queria acreditar, espreito pelo óculo da porta e vinham cheios de paus e pedras na mão para me baterem... Eu lentamente abro a porta e um deles vira-se para mim e diz - Vá, ó russo anda cá pa fora, mostra lá o que vales!! Como podem imaginar eu estava em completa desvantagem e disse-lhes, outra vez em linguagem Olivalense- Pá vocês são muitos, mas tu e tu eu não me vou esqueçer! Fecho a porta e dito isto, cai uma chuva de paus e pedras na minha casa. Um dos calhaus ainda está hoje marcado na aduela de uma das janelas. Um centímetro ao lado e tinha partido a janela toda.
No dia seguinte tive o carro da Policia à porta 24 horas de plantão, pois era inadmissível que a casa de um militar fosse apedrejada.
Esta foi uma cena de muitas em que presenciei o medo que os putos tinham dos cães....
Mas para mim enquanto morador da Bafatá a maior segurança que existe é a pessoa conhecer bem os vizinhos e lembrar-se que um dia estão a assaltar casa do vizinho e noutro dia pode ser a nossa! Vi muitos assaltos serem evitados porque os nossos vizinhos nos avisaram. Porque por detrás de uma janela pode estar sempre alguém e se esse alguém, for nosso amigo e se por acaso até tiver cão, pode ser que esse dia seja um dia de sorte...
Um abraço a todos.
Becas Perry
Ora bem, então vamos lá a dois esclarecimentos aqui para a desenquadrada ;)
1º Onde é (ou era) o tal Cambodja?
2º Fui ler o post do capitão e cheguei ao fim sem perceber se era alguém a sério ou se foi brincadeira de um de vocês. Espero bem que fosse brincadeira...
Lembrou-me o que me aconteceu quando me mudei para a Rua. Sabia que Bafatá era uma cidade da Guiné mas queria saber mais e fiz uma pesquisa na net. Dei comigo num blog de antigos combatentes da Guiné que contavam histórias arrepiantes de emboscadas e outras coisas ainda piores como um que fazia colecção de "troféus" dos que matava... simplesmente incrível... mas era tudo com uma linguagem parecida à do capitão por isso me lembrei.
O "Cambodja" era uma zona que começava entre a Av.M.G.Costa, do lado oposto à Policlínica e atravessava, entre Chelas e a Av. Gago Coutinho por detrás das moradias até ao Colégio Valsassina. Felizmente, hoje já não existe e é actualmente um campo de Golfe que se chama Bela Vista. Era um enorme bairro de lata, onde ninguém entrava e que servia de base a tudo o que era profundamente mau.
Quanto aos comentários do Sr. Capitão, penso que seriam verdadeiros e da minha parte não requerem qualquer comentário, porque lhe digo que nesta rua, existem muitos oficiais militares topo de carreira que fizeram comissões em Africa e Oriente nas mais duras circunstâncias e onde as suas mulheres que hoje a habitam arriscaram ficar sem maridos, sacrificando-se para lá do que alguém pode imaginar. A linguagem utilizada pelo Sr. capitão não é de todo de alguém que possa alguma vez chegar seja onde for, porque conheci muitos militares que jamais utilizariam a linguagem deste dito Senhor.
Por isto e por muito mais, lanço novo repto aos Bafatenses, se o Sr. capitão voltar a aparecer por favor não lhe dêem mais importância!!!
Becas Perry
Subscrevo o becas!
Apoiado!
«Joãozinho»
Subscrevo o becas!
Apoiado!
«Joãozinho»
E se for o Major? Dá para responder?
Bi
Dá para responder se for o Major?
Bi
Dá para Major se for para responder?
Bi
Ok, pronto, também dou uma ajudinha pra quebrar o record do capitão... hmmm o kek hei-d dizer?? Tá quase...
Bom aqui vai mais um comentário para fazer deste post um record.
Aos novos moradores- Sabem o que significa a faixa vernelha de alcatrão na entrada da Rua??
Quem sober que digã. ´Só podem responder os novos moradores!!
Um ab
Praia da Rocha
Becas Perry
Não sei ao certo confesso.
Pensei que era tipo uma passagem de segurança porque à frente do colégio dos meus filhos as passadeiras também têm uma zona vermelha assim num material mais rugoso deste tipo. Mas para além de vos servir de baliza servia para quê? Já reparei que também há no início da rua 3 e no início da rua 2.
Vizinha,
A faixa vermelha na entrada da rua significa que é uma rua sem saída!!
PR
Becas Perry
Boa!!! Não fazia ideia!!!
E pronto com esta acabamos em beleza e quebramos o record do capitão :) :) :)
Becas, tenho feito um sucesso a perguntar aos meus amigos: vocês sabem o que quer dizer esta faixa vermelha na entrada da rua ? Ninguém sabe!! Não éramos supostos aprender isto nas aulas de condução?? Obrigada pela informação.
Está batido o recorde!! Já valeu a pena...Era isto que querias Joãozinho?
Um ab
Becas Perry
Times,
Infelizmente tenho a contar o seguinte: Ainda no outro dia, estava eu na conversa com um primo da minha mulher que é oficial de infantaria e comentei esse episódio do dito Sr. capitão. Sabes o que ele me disse? É que infelizmente a tropa está cheio de tipos destes e provavelmente vai ser mesmo Major!!!
E esta em??
Cairam-me os queixos...
NO COMMENT!!!
Times,
O assunto do capit�o est� encerrado, mas uma coisa eu gostei, de ler os coment�rios ao Capit�o e o baile onde ele se estava a meter!!!
Um ab
Becas P
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