"Rua do tamanho do Mundo"

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domingo, 24 de junho de 2007

A família RC Bafatá. (Parte 1)

Em Março passado, vinha eu a sair do Shopping dos Olivais, encontrei uma mãe da RCB. Aproximei-me e …
- Olá Tia … (guardo para o fim a revelação sobre quem era), eu sou o Pô. Lembra-se de mim?
- Ó Pô, não te reconhecia mas… dá cá um beijo, filho! Que é feito de ti? Imagino que tenhas casado e tenhas filhos.
- Sim. Casei e tenho um filho. O Pedro.
- Que idade é que ele tem?
- Está com 12 anos e está no 6º ano, na escola Fernando Pessoa aqui no bairro.
- Mas estás a viver aqui, nos Olivais?
- Sim. Vivi 8 anos no Montijo, embora sempre a trabalhar em Lisboa, e em 2001 mudei-me para os Olivais. E lá por casa como está a família?
- Eu cá vou andado… a idade, sabes como é. Mas estou bem graças a Deus. O Tio … também está bem, felizmente. Continua a gostar muito de tocar órgão. Lembras-te de como ele gosta de tocar?
- Sim. Claro! Fico contente de saber que estão bem.
- Gostei muito de te ver, Pô.
- Eu também gostei muito de a rever. Mande cumprimentos meus ao Tio…

E assim recebi um ternurento cumprimento e o afecto de quem eu senti que gostou de me rever e saber como eu estava, tal como eu adorei revê-la e com ela partilhar as novidades da minha vida recente.

Um beijinho grande para a Tia Hermínia e o Tio Zébel.


Beijos e abraços,

7 comentários:

capesi disse...

Pô,
É verdade que a minha mãe continua igual a si própria, só que com mais uns anos valentes em cima.
Acho que já tinhamos comentado isto, da última vez que nos encontràmos, mas regressámos aos Olivais no mesmo ano (2001), eu tinha é que tinha saído mais cedo...
Abraço,
Bi

Anónimo disse...

Grande PÔ!
Agora que crescemos, valorizamos ainda mais os mais velhos! É, para mim, uma alegria imensa cruzar-me coms os "tios" na nossa rua, quando por lá passo, o que acontece muito raramente... (Ai, esta vida de emigrante!...)
Não posso deixar, também, de partilhar um ternurento encontro, à porta da "minha" casa:
- Olha, mas tu não és o joni?
- Sim, tia, pois... cá vim ver se estava tudo no sítio... A tia está optima!
- Ó, filho, não estou mal, mas a idade pesa... E tu, estás com bom aspecto!
- Ah!... Deve ser dos calores dos trópicos... Sabe que agora estou em Timor, depois de ter trabalhado na Guiné e em S. Tomé e Principe...
- Ah!... Continuas lá pelas colónias!.... Hum... por acaso estás mais moreno e de cabelo encaracolado!...
Achei lindo!!!
Colónias!!!!!
Espectacular!
Vou guardar para sempre esta memória e, comigo, ficará a identidade da tia.
Beijos e abraços,
joni

redjan disse...

É isso ... as Tias, são as nossas Mães e Avós dos nossos filhotes !
Há tempos levei o Miguel a conhecer a casa nº 10 da Bafatá e o seu quintal ! À saída, não resisti e fui ao lado tocar à porta da D. Simone. Quase não me reconhecia, estava com o Sr. Virgilio ! Falámos um pouco e disse-lhes o quanto significava para mim apresentar a minha infância ao meu filho ! Vieram-me as lágrimas aos olhos ... creio que a eles também ! Eram saudades, saudades da vida, da nossa vida !
Que bom que é vê-los a todos !!

Mat Kearney disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anónimo disse...

Podes querer, times! (já agora, esse nick... és quem?....)
Sinto exactamente o mesmo quando vou à Rua e, talvez por isso, valorizo tanto os encontros com os nossos pais e tios, que sobreviveram à voragem do tempo...
É tudo tão diferente, já... Maldita animação da rua, que agora só existe com os carros das escolas de condução.....
Se fosse nosso tempo, não entravam!Já nos tinhamos todos "organizados" para os correr dali pra fora!
Já estou a imaginar: uma concentração de carrinhos de esferas à frente dos carros de condução!
"Agora, andem lá com essa m.....", diriamos nós, à frente dos gajos e, tá claro, com aquele risinho inocente e ameaçador...
Tipo, a brincadeira das cortas de cada lado da rua na Lourenço Marques ou na Marchal Gomes da Costa!
eheheheheh!
Cambada de pézudos a invadir a nossa Rua!...
Foi lá que, também eu, aprendi a conduzir, mas à sucapa....
Essa era outra história. Fica prá próxima.
Faltamos nós à Rua, faltam putos como nós à nossa Rua, mas,,,, deixa lá isso, times... Os tempos mudam!
A Rua, a nossa Rua, nada dirá aos nossos putos!... (eu tenho quatro, a mais velha com 23 ... e a mais nova com 3! entram na RCB ... e aquilo é a casa dos avós....)
Não há hipotese!
É um segredo nosso que agora - nostalgia - partilhamos e guardamos com doce e ternurenta saudade; é um tesouro que só nós podemos usufruir!
Poderá não ser a melhor recordação das nossas vidas. Afinal, já passaram tantos anos!!!!..... Mas -e posso agora, com este blog, perceber - que "não sou o único!" para quem a Rua marcou definitivamente e para sempre, a minha vida!
Mais ninguem percebe! só nós, mesmo.....
Forte abraço, times!
saudade,
joni

Mat Kearney disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
capesi disse...

Luis,
Em relação à dimensão das coisas, confesso que me faz confusão o tamanho do quarto que partilhei com o Joni, durante não sei quantos anos. É que aquilo é mínimo mas no entanto, na altura não parecia.
Abraço,
Bi