(Lígia disse)
Olá pessoal
Estou a adorar a bola de neve em que se transformou o blog da Bafatá.
Hoje não vou contar nenhuma história, mas tenho mais (há que fazer render o peixe). Tenho também mais fotos antigas mas tenho que ter tempo para as digitalizar no local trabalho porque o meu scan de casa é uma boa porcaria.
Começo por também dar as boas vindas ao Pô porque estava a sentir o Joãozinho um pouco só no meio do turbilhão de algum pessoal mais participativo da rua 1 (vê lá se tens histórias para contar. Para ajudar, aproveito para exigir uma confissão pública sobre o crime de introduzir reflexos de sol no meu quarto com recurso a espelhos. Também quero a denúncia dos cúmplices onde penso que o Joãozinho está incluído).
Passo adiante com alguns desafios, apelos e confissões:
Xana – A ti que te candidataste a organizar o próximo almoço, deixo a sugestão de que seja um churrasco na nossa rua. Dá mais trabalho mas o resultado final poderá ser mais agradável. O jogo de bola, e uma vez que desconfio da resistência dos cotas (sim senhor, já estamos um bocado cotas, não reclamem!), poderá ser nos portões Salazares-Nova que obriga a pouca corrida e a mais técnica.
(Já agora aproveito para relembrar a cor verde do teu cabelo quando vínhamos da piscina. Tal era a dose de cloro daquela água limpinha).
Times – Clarifica aqui alguns aspectos e assuntos dos mais velhos.
Já que falaste das festas do “caixote” ( a que eu (do grupo dos mais miúdos – mas já do 2º escalão), privilegiada por ser protegida do Tó Leitão, às vezes tinha acesso), desbronca-te com as sessões de espiritismo que lá se faziam. Aproveita também para contar a técnica de fazer desmaiar as miúdas para ... (não sei quem eram os mais ingénuos, se os que desmaiavam, ou fingiam que desmaiavam, ou os que provocavam os desmaios ou pensavam que os provocavam). – Coisa dos mais velhos, a que eu também assistia marginalmente, ou pouco à distância.
Também deixo aqui referência à festa que houve na garagem dos Esgalhados (em que eu na clandestinidade fui espreitar pelo lado do quintal da D. Estefânia, e à conta disso fui uma feliz contemplada com um pico que me entrou pela unha dentro), em que às tantas as luzes não eram poucas, eram inexistentes, aspecto que o pai Esgalhado não apreciou lá muito e acabou com o bailarico.
Relativamente às oliveiras lá de cima sempre me ensinaram (ou enganaram) que em resultado da guerra dos 6 meses (para mim também era esta a referência), foi atribuída uma árvore a cada rua (excepto a rua 4 pois já não havia a 4ª oliveira), em que a da rua 1 era a mais próxima da casa dos Navegas, a do meio era da rua 2 e a do lado da estrada era a da rua 3.
Quanto ao rochedo que lá existe vou aqui confessar uma das minhas grandes fraquezas da minha infância. Alguém (não me recordo quem, mas alguém da minha inteira confiança face ao resultado do meu inteiro convencimento) disse-me que o barulho que se ouvia quando estava a trovejar eram rochedos daqueles a cair. Claro que nunca duvidei de tal afirmação que teve como consequência um medo terrível de trovoada (o meu irmão coitado que o diga pois fossem que horas fossem, sempre que estava a trovejar, eu lá ia implorar para que ele me deixasse entrar para a cama dele). E nem imaginam a confusão que era nesta cabecinha quando a minha mãe me dizia que se eu me embrulhasse num cobertor estava protegida (como é que um cobertor me iria proteger de levar com o matacão daqueles e não ficar toda esborrachada).
Por último esclareço para os mais esquecidos que o outro jogo do berlinde que jogávamos a fazer tabelinha designava-se por “Santinha”.
Inês, e todos os que tenham vontade de ir a Viseu – A distância é relativa, sendo maior ou menor consoante a vontade que se tem de ir a um determinado lugar (é como o copo meio cheio ou meio vazio).
Uma das “minhas obras” (por sinal a que é mais próxima de Lisboa) é na serra da Arada, a noroeste de Viseu. 2ª feira passada, um dia de trabalho normal, saí de casa de manhã (7h15m), fui até lá, fui com o empreiteiro visitar as várias frentes de obra, fui para a reunião de obra (reuniões normalmente atribuladas e demoradas em que eu e toda a equipa de fiscalização e o Dono de Obra damos na cabeça do coitado do empreiteiro), fui finalmente almoçar à 4 horas da tarde duas fatias de pizza e uma sopa num café em S. Pedro do Sul, e finalmente iniciei o meu regresso.
Quase à chegada telefonei ao João para que jantassem sem mim pois eu não tinha fome, era cedo e assim ainda dava para ir-mos ver o pôr-do-sol à praia. Dito e feito, ainda fui entregar o carro alugado ao Campo Pequeno, voltei para casa, voltei a sair, e ainda, conforme o previsto, fui para a praia da Cruz Quebrada passear o cão (digo cadela) e ver o pôr-do-sol (é lindo, e por mais que me digam que todos os dias o sol se põe, e que é sempre igual, não é, e é sempre um momento especial, e sempre que posso vou ver e apreciar). Bom, isto tudo apenas para convencer a maltinha para ir a Viseu (Inês, comigo podes contar, aliás tu já sabes disso. Aproveito para mandar um grande beijinho aos teus pais).
Finalmente faço um apelo a todos os que estão longe, Elsa e Geni dos EUA, Tó Leitão de Israel, Ana Teresa e João Camacho de Inglaterra. etc., etc, venham navegar neste magnifico barco pois têm de certo muitas histórias para contar da nossa rua e outras como a que o meu amigo Joni contou de Bafatá e que eu adorei.
Um grande beijo para todos e até a próxima.
Lígia
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