"Rua do tamanho do Mundo"

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quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Moral Quest V

Um dos pontos mais estranhos reivindicados pelos grupos religiosos e que sem deus(es) nao haveria moralidade na Terra. A maioria das religioes oferecem a promessa uma vida melhor depois desta se nos comportar-mos de acordo com certos principios (e rituais) religiosos. Esta recompensa vem acompanhada de ameacas de punicao. Isto e muito efectivo psicologicamente (principalmente em criancas) em forcar as pessoas a controlar os seus institos mais baixos. A pessoa que, por exemplo, nao rouba (porque deus esta a ve-la, e a punira) nao tem moral, e simplesmente prudente... Uma pessoa com verdadeiros principios morais e aquela que tendo a oportunidade de roubar sem ser apanhada, decide nao roubar.

Quando se fala tanto nos direitos da crianca, acho que como adultos e educadores temos a responsabilidade de nao indoutrinar a proxima geracao.

Estou a entrar na rua e os putos estao todos a fugir... eheheh

23 comentários:

Teresa R. disse...

Eu acho que essa de "eu pudia ter feito mas não fiz"....não mostra um grande moral...acho que o verdadeiro moral está em nem se dar conta que o pudia ter feito (sem ser apanhado) já que a ideia de fazer nunca passou pela cabeca...se uma pessoa respeita verdadeiramente outra não vai pensar eu tinha oportunidade mas sou tão bonzinho que não agi...então aí passavamos o dia a dar palmadinhas nas costas a nós proprios!.....penso que se os nossos filhos não tiverem medo das autoridades ou de um Deus, ou de serem punidos devia ser porque eles, por princípio, não se põem em posicões de falta com outros...e se forem apanhados que seja a fazer algo que eles por principio não pudiam deixar de fazer e estavam em falta se não o fizessem (como o exemplo da raid da policia aos estudantes, bendita senhora!)...hug

Teresa R. disse...

Lembrei-me desta história engracada...

A couple had two little mischievous boys, ages 8 and 10. They were always getting into trouble, and their parents knew that if any mischief occurred in their town, their sons would get the blame.

The boys' mother heard that a clergyman in town had been successful in disciplining children, so she asked if he would speak with her boys. The clergyman agreed and asked to see them individually. So, the mother sent her 8 year old first, in the morning, with the older boy to see the clergyman in the afternoon.

The clergyman, a huge man with a booming voice, sat the younger boy down and asked him sternly, "Where is God?" The boy's mouth dropped open, but he made no response. The clergyman repeated the question. "Where is God?" Again, the boy made no attempt to answer, sitting there frozen, with his mouth hanging open. So, the clergyman raised his voice some more and shook his finger in the boy's face and bellowed, "Where is God!?"

The boy screamed and bolted from the room. He ran directly home and dove into his closet, slamming the door behind him. When his older brother found him, he asked, "What happened?" The younger brother, gasping for breath, replied: "We are in real BIG trouble this time! God is missing, and they think we did it!"

big hug

Teresa R. disse...

Já agora...

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hugs

Anónimo disse...

Teresa, you live in fear and... you like it!

Mat Kearney disse...
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John C disse...

O' Times, define ai deus pra gente (por favour).

Teresa, good joke! Quanto a parte seria, ja respondo mais tarde. Nao percebo o comentario (como o exemplo da raid da policia aos estudantes, bendita senhora!)

Abracos e beijos...

Mat Kearney disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Cristina CN disse...

Oh pessoal, cheguem prai um bocadinho se faz favor, que eu também quero sentar no muro.
Times, plz go on...

John C disse...

Teresa, ha uma grande diferenca entre ser crianca e ser adulto. Uma crianca nao tem consciencia de que o que faz tem consequencias ou pode tomar responsabilidade pelos seus actos. Quando uma crianca, num parque, vai tirar o balde de outra crianca nao tem consciencia de que esta a "roubar". Cabe-nos a nos educar o respeito pelo que e dos outros. No meu entender, nao preciso de lhe bater ou meter medo seja com o que for (deus ou o papao/autoridade). Quanto a verdadeira posicao moral ser "nem se dar conta" so pergunto em que planeta vive (por favour nao tomes este comentario como desrespeito). Se assim fosse nao haveria crime e nao precisavamos de discutir principios de moralidade.

Obrigado pela contribuicao...

John C disse...

Luis, se o que queres dizer e que a tua fe em um deus e uma conviccao interna pessoal, tudo bem. Mas explica porque e que a tua conviccao e mais verdadeira ou superior a dos muculmanos ou hinduistas?

Assumir que ateus ou agnosticos nao podem viver uma vida justa e de respeito e uma afirmacao sem fundamento.

Mas ainda penso que seria util saber o que e deus para ti e como derivas os teus pricipios morais dessa relacao com deus. (Nao pergunto isto para ofender.)

Timex, escreve com substrato...

Mat Kearney disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Mat Kearney disse...
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John C disse...

E que actos sao estes que atribuis ao teu deus?

John C disse...

Da historia da crianca, pode-se concluir muita coisa no que diz respeito ao "conhecimento" inato e ao que se aprende. Mas nada a cerca de um criador supernatural.

Quanto a historia do principe, queres dizer que devemos cometer injusticas as criancas para que elas mais tarde sejam justas? Significa tambem que quanto mais injusticas sufrerem, mais justas serao em adultos?

Cristina, sente-se! Gosto muito de companhia feminina...

Teresa R. disse...

Eu realmente surpreendo-me a mim própria!!..lol...eu já tinha dito que não me ia atrever a comentar nos vossos Quests e aqui estou eu a dar palpites!!...
Eu sei que vivo num planeta aparte (não levei nada a mal e percebo porque podes pensar assim e não deves ser o único) mas ao mesmo tempo vivo aqui no mesmo de toda a gente..no Planeta Terra...esta é a minha opinião muito modesta e talvez inocente eu sei (já com 42 anos e depois de umas boas licoes na vida continuo a "dreamer not a fighter") mas é a que eu tenho e pela qual tento levar a minha vida...
Somos todos muito diferentes e ainda bem mas acho que se certos valores morais estivessem bem embebidos no nosso espírito, não á custa de ameacas mas por respeito e justica sim, este seria um mundo melhor....
Penso que ensinar a uma crianca o que é dela e o que pertence a outros e o respeito que isso acalenta não é ensinar a uma crianca que se tirar o balde que não é seu e for apanhada será castigada.....a crianca aí sem compreender porque não pode tirar o balde apreenderá quando será melhor tirar o balde sem a outra ver, ou que se tirar o balde e a outra não der por falta que isso está bem....penso que incutir na crianca esses valores morais ensina.....aí a crianca já sabendo das "regras" como os adultos escolhe não fazer, porque não querer tirar nada que não é seu a outro....escolhe fazer isso mesmo que houvesse milhares de oportunidades de ter tirado o balde e ninguém dava por isso....bem, eu realmente com palavras e teses e teorias não sou boa...talvez aquele "gut feeling" que eu tive de não me atrever a comentar nos vossos Quests estava certa??..lol

Continuem assim, hug

Mat Kearney disse...
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John C disse...

Obrigado Teresa! Gostei... Estou contente que tenhas compreendido que mesmo que nos nao queiramos, situacoes de conflicto existem entre os humanos. O meu ponto principal (e tambem nao sou de teses) e que se compreendermos as origens da moralidade humana, podemos fazer escolhas conscienciosamente (isto nao significa que sejamos 100% racionais, antes pelo contrario).

Continua a omitir a tua opiniao, estou sempre interessado.

Um beijo

Teresa R. disse...

Que dia longo!!...é bom "descomprimir" com vocês...beijo

JPF disse...

Nmmm... Tou a gostar da discussão!

Ei, Big John, dizme lá tu, então, porque razão há pessoas que são de um extremo sentido de justiça, de respeito, de educação, de simpatia, têm todas as qualidades que consideramos, à luz dos nossos valores, ideais, mas são pessoas humildes, sem estudos, sem uma educação mínima.

Como é possível que isso aconteça?

Porque na verdade, essas pessoas não conhecem as origens da moralidade humana, como dizes... mas têm capacidades inatas.

How do you explain this...

Teresa R. disse...

"Porque na verdade, essas pessoas não conhecem as origens da moralidade humana, como dizes"..????

Não entendo...
Se há pessoas que mostram ter as qualidades e valores necessários para serem uns bons seres humanos o que é estranho é pensar, mas como?, se não tiveram estudos?...penso que aí entre o "Personal Quest" de cada um....quer seja nos pequenos instantes do dia ou na totalidade duma vida....

Talvez seja a diferenca entre o SABER e o SER??...

hugs

Mat Kearney disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
John C disse...

Viva Little John. Boa pergunta. Primeiro e preciso separar o que e inato e o que se aprende. A historia do Times sobre o pequeno selvagem, criado por uma loba, ensina-nos que temos geneticamante uma tendencia para a vida (chamado o instinto de subrevivencia). Por outro lado ha certos instintos que vao para alem da nossa subrevivencia individual. Tal como arriscar a vida para salvar uma crianca ou proteger uma mulher. Ambos sao justificados pois a continuacao da especia humana depende de ambos. (Espero que ate aqui nao haja muita controversia, e assim vou continuar). Durante a nossa educacao, certas regras sociais reenforcam esses valores "inatos" outras nao. Em tribos primitivas, sem influencia de religioes externas, os nativos demonstram valores e qualidades que nos apreciamos. (Enquanto certos custumes repudiamos). Nao e necessario que tribais ou pessoas sem uma educacao minima compreendam o porque das suas accoes para agirem de uma maneira que tu aprecias. Mas se por outro lado a nossa tendencia para tentar compreender a nossa existencia nos leva a explorar o Universo, porque nao as origens da moralidade humana. De um ponto de vista mais pratico, questionar os nossos valores permite-nos ser mais integros e transmiti-los com uma certa "flair".

Espero ter respondido, mas se nao esta contente, este servico tem "money back guarantee" ahahah!

Um abraco, etc...

Teresa R. disse...

John,

Sim, é bom questionar-nos...ainda bem que o fazemos...as perguntas são tantas e cada resposta levanta outra pergunta...é um desenrolar de ideias que nos acompanham todos os minutos e até ao fim da vida...é bom ser assim...
hugs